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ONU inicia reunião urgente sobre a peste suína africana na China

A China, maior produtor mundial de carne de porco, tenta conter a epidemia de peste suína africana inédita no país.

Agência France-Presse
postado em 05/09/2018 08:35
Bangcoc, Tailândia - Diante do risco de propagação na Ásia da epidemia de peste suína africana que afeta a China, a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) iniciou nesta quarta-feira (5/9) uma reunião de emergência em Bangcoc para preparar uma resposta regional.

Especialistas de nove países vizinhos de China (Camboja, Japão, Laos, Mongólia, Mianmar, Filipinas, Coreia do Sul, Tailândia e Vietnã), sobretudo veterinários epidemiologistas, se reunirão durante três dias para definir o protocolo regional. "A região deve estar preparada diante da alta probabilidade de que a peste suína africana atravesse as fronteiras", afirma a FAO em um comunicado.
Mais de 40.000 porcos foram sacrificados na China desde o início da epidemia em agosto, informou a FAO, confirmando as informações da imprensa estatal chinesa, que citou 38.000 animais sacrificados. A China, maior produtor mundial de carne de porco, tenta conter a epidemia de peste suína africana inédita no país.

As autoridades detectaram vários focos de peste suína em cinco províncias do país, após os primeiros casos em Liaoning (nordeste). "A peste suína africana, nova na Ásia, representa uma ameaça significativa", adverte a agência da ONU, que tem sede regional em Bangcoc.

A peste suína africana, presente na África, Rússia e em vários países do leste europeus, é muito difícil de erradicar, pois não existe uma vacina efetiva. Não representa, no entanto, nenhum risco para a saúde humana.

A China tem uma importante indústria no setor, com quase metade da população mundial de porcos e o maior consumo deste tipo de carne por habitante, segundo a FAO.

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