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Policial de Chicago em julgamento pela morte de adolescente negro

O julgamento de um policial branco de Chicago por atirar e matar um adolescente negro começou nesta quarta-feira (5) com protestos dos manifestantes

Agência France-Presse
postado em 05/09/2018 18:53
O oficial de polícia Jason Van Dyke enfrenta acusações de assassinato por disparar 16 vezes em Laquan McDonald, de 17 anos, em um confronto em outubro de 2014
Chicago, Estados Unidos - O julgamento de um policial branco de Chicago por atirar e matar um adolescente negro começou nesta quarta-feira (5) com protestos dos manifestantes, que acusaram as autoridades de "acobertarem", em um caso que gerou tensão na terceira maior cidade dos Estados Unidos.

O oficial de polícia Jason Van Dyke enfrenta acusações de assassinato por disparar 16 vezes em Laquan McDonald, de 17 anos, em um confronto em outubro de 2014.

O caso, capturado em um vídeo policial, deixa a opinião pública da cidade atenta, havendo ameaças de violência se o agente for absolvido, além de consequências políticas para o chefe de polícia e para o promotor principal.

O prefeito Rahm Emanuel, outrora estrela do Partido Democrata, anunciou na terça-feira que não tentará a reeleição, após incessantes pedidos de renúncia em meio a acusações de acobertamento.

O vídeo mostra Van Dyke disparando no adolescente, que segurava uma faca e parecia ter se afastado dos policiais. O oficial continua disparando depois que o adolescente cai no chão e nenhum dos outros oficiais no local aparecem usando as suas armas.

[SAIBAMAIS]"Nunca teria atirado se não tivesse pensado que a minha vida ou a de outro cidadão estivessem em perigo", declarou Van Dyke ao Chicago Tribune em um entrevista na semana passada.

Fora do tribunal, manifestantes condenaram os disparos da polícia, exigiram que prestem contas e gritaram: "Dezesseis tiros e um acobertamento".

Em junho de 2017, um promotor de Chicago acusou três policiais de encobrir a verdade sobre o tiroteio.

A família McDonald pediu "paz completa" em uma entrevista coletiva na terça-feira.

"Nós não queremos nenhuma violência antes, durante ou depois do veredito neste julgamento", disse o tio-avô do adolescente, Martin Hunter.

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