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Premiê israelense elogia decisão dos EUA de fechar representação palestina

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, elogiou a decisão dos EUA de fechar o escritório da representação palestina em Washington

Agência France-Presse
postado em 11/09/2018 16:23
Jerusalém, Undefined - O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, elogiou nesta terça-feira a decisão dos Estados Unidos de fechar o escritório da representação palestina em Washington. "Os Estados Unidos tomaram a decisão certa", disse Netanyahu em um comunicado.

É a primeira reação oficial de Israel após o anúncio na segunda-feira de Washington, que acusa os líderes palestinos de se recusarem a falar com o governo de Donald Trump e iniciar negociações com Israel.

O governo dos Estados Unidos informou a decisão à direção palestina sua decisão, conforme anunciou o secretário-geral da Organização para a Libertação da Palestina (OLP) Saeb Erekat. Ele denunciou uma "escalada perigosa" nas medidas de retaliação americanas.

A decisão é a mais recente de uma série de medidas adotadas pelo governo do presidente Trump contra a direção palestina, que por sua vez congelou as relações comas autoridades americanas desde que Washington reconheceu unilateralmente, em dezembro de 2017, Jerusalém como capital de Israel.

"É uma nova demonstração da política de castigo coletivo praticada pela administração Trump contra o povo palestino, do qual já cortou a ajuda financeira para serviços humanitários, incluindo nos sectores de saúde e educação", completou Erekat.

[SAIBAMAIS]A OLP do presidente palestino Mahmud Abbas é considerada pela comunidade internacional como o organismo que representa o povo palestino e controla a Autoridade Palestina.

A decisão de Washington se une ao cancelamento da ajuda bilateral de 200 milhões de dólares, o corte de fundos para a agência da ONU que ajuda milhões de refugiados palestinos e a supressão da contribuição de 25 milhões de dólares para hospitais Palestinos da Jerusalém Oriental.

A Casa Branca está tentando forçar os palestinos a retornarem à mesa de negociações de paz, que estão congeladas desde abril de 2014.

Ao contrário das medidas anteriores, neste caso, Washington justificou o fechamento da representação da OLP pelos esforços palestinos para levar os líderes israelenses à justiça internacional por "crimes de guerra", explicou Hossam Zomlot, representante palestino na capital americana.

Os palestinos apresentaram ao Tribunal Penal Internacional, desde a sua adesão em 2015, vários processos sobre crimes cometidos por eles por líderes israelenses, em particular durante a guerra de Gaza em 2014, ou aqueles ligados à colonização - como o deslocamento forçado da população.

O presidente palestino, Mahmud Abbas, congelou todas as relações com o governo de Donald Trump desde o reconhecimento de Jerusalém como a capital de Israel em dezembro de 2017.

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