Mundo

Feminismo e desfile de estrelas no Festival de Cinema de San Sebastián

A grande novidade será a reivindicação de uma maior presença feminina, na esteira do movimento #MeToo, que surgiu há um ano em Hollywood

Agência France-Presse
postado em 20/09/2018 17:06
A 66ª edição terá no tapete vermelho as atrizes francesas Juliette Binoche e Laetitia Casta, o ator canadense Ryan Gosling e o britânico Robert Pattinson
Madri, Espanha - A reivindicação de uma maior presença feminina na indústria e o desfile de estrelas consagradas e emergentes em torno de temas muito diferentes dominarão o Festival de Cinema de San Sebastián, que começa nesta sexta-feira nessa cidade do norte da Espanha.

De 21 a 29 de setembro, 18 filmes concorrerão à Concha de Ouro, o prêmio máximo deste festival, que se define como "o menor dos grandes", depois de Berlim, Cannes e Veneza. Outros 12 filmes competirão na seção Horizontes Latinos, dedicada ao cinema latino-americano.

O encontro na cidade basca começará com um dos rostos mais famosos deste festival: o do ator argentino Ricardo Darín, protagonista do filme "El amor menos pensado", uma reflexão sobre o amor e o casamento dirigida por seu compatriota Juan Vera.

As temáticas serão diversas entre as 17 produções restantes: um enredo amoroso em "L;homme fid;le", do francês Louis Garrel; a luta contra os narcotraficantes filipinos em "Alpha, the right to kill", de Brillante Mendoza; a história do dançarino cubano Carlos Acosta em "Yuli", da espanhola Icíar Bollaín; e a vida provinciana na Argentina no novo longa-metragem de Benjamín Naishtat, "Rojo".

Uma programação que vai "em diferentes direções para mostrar o que está acontecendo no mundo do cinema", comentou recentemente o diretor do festival, José Luis Rebordinos.

Espera-se 175.000 espectadores ao longo dos nove dias em San Sebastián, que em sua 66; edição terá no tapete vermelho as atrizes francesas Juliette Binoche e Laetitia Casta, o ator canadense Ryan Gosling e o britânico Robert Pattinson.

Pelo segundo ano, haverá produções distribuídas na plataforma Netflix, uma opção que ainda é tabu em Cannes, e se apresentará uma série, a espanhola "Gigantes", sobre uma família de narcotraficantes.

A grande novidade será a reivindicação de uma maior presença feminina, na esteira do movimento #MeToo, que surgiu há um ano em Hollywood e que chama a atenção para o fato de que apenas cinco das 18 produções na competição oficial foram dirigidas por mulheres.
Por isso, será assinada no domingo uma carta pela igualdade e inclusão das mulheres na indústria cinematográfica.
Esta edição premiará a atriz britânica Judi Dench - a personagem "M" na saga James Bond -, o americano Danny DeVito e o diretor japonês Hirokazu Kore-eda em reconhecimento a suas trajetórias

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação