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Milhares de pessoas comparecem ao funeral de vítimas de atentado no Irã

Segundo o último balanço das autoridades locais, 24 pessoas morreram e 60 ficaram feridas quando um comando abriu fogo durante um desfile militar assistido por um grande número de espectadores.

Agência France-Presse
postado em 24/09/2018 08:46
Esta foto tirada em 22 de setembro de 2018 na cidade de Ahvaz, no sudoeste do Irã, mostra um soldado passando por companheiros feridos deitados no chão no local de um ataque a uma parada militar que marcava o aniversário do início da devastação de 1980-1988.
Ahvaz, Irã - Milhares de pessoas compareceram, nesta segunda-feira (24), ao funeral em Ahvaz das vítimas do atentado cometido no sábado (22/9) durante uma parada militar nesta cidade no sudoeste do Irã.

Segundo o último balanço das autoridades locais, 24 pessoas morreram e 60 ficaram feridas quando um comando abriu fogo durante um desfile militar assistido por um grande número de espectadores. De acordo com as autoridades, os quatro agressores foram mortos.

Nesta segunda-feira (24/9), uma multidão em luto se reuniu em frente à mesquita Sarollah, no centro de Ahvaz, na presença do ministro da Inteligência e Segurança Nacional, Mahmud Alaví, constataram jornalistas da AFP no local.

O funeral foi organizado para doze das 24 vítimas, segundo a televisão estatal.

Enquanto aguardavam a chegada dos caixões, a multidão agitava faixas com mensagens em persa e árabe, entre várias bandeiras do Irã. "Vamos conduzir uma terrível vingança contra os nossos inimigos, e eles sabem disso", afirmou o general Hossein Salami, comandante da Guarda Revolucionária, o exército ideológico da República Islâmica. "Como diz o Alcorão, cabeças vão rolar. Onde quer que estejam, vamos encontrá-los e puni-los", prometeu.

Ahvaz, cerca de 560 km ao sul de Teerã, é a capital de Juzestan, uma região rica em petróleo com uma população majoritariamente árabe.

O Irã acusa um grupo separatista árabe, a Arábia Saudita, outros Estados árabes do Golfo, os Estados Unidos e Israel de estarem por trás desse ataque, que por sua vez foi reivindicado pelo grupo jihadista Estado Islâmico (EI).

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