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Presidente da palestina diz que EUA não são os únicos mediadores da paz

Os Estados Unidos não podem ser o único mediador, segundo ele, porque Donald se voltou para Israel desde que assumiu o poder

Agência France-Presse
postado em 27/09/2018 15:57
Abbas criticou que Washington reconheceu Jerusalém como a capital de Israel, pelo o corte da ajuda dos Estados Unidos à agência da ONU para os Refugiados Palestinos (UNRWA)
Nações Unidas, Estados Unidos - O presidente da Autoridade Palestina, Mahmud Abbas, disse nesta quinta-feira que os Estados Unidos não são os únicos mediadores no Oriente Médio porque são tendenciosos e prejudicam os esforços para chegar a uma solução de dois Estados.

"Este governo renegou todos os compromissos anteriores dos Estados Unidos, e minou a solução de dois Estados", além de emitir "falsas declarações de preocupação sobre as condições humanitárias do povo palestino", queixou-se Abbas à Assembléia Geral das Nações Unidas. "Os Estados Unidos atuam como mediadores, mas os vemos agora com novos olhos ", afirmou Abbas.

Os Estados Unidos não podem ser o único mediador, segundo ele, porque Donald se voltou para Israel desde que assumiu o poder.

"Temos um Quarteto a nossa disposição, muito bem! Os Estados Unidos podem participar do Quarteto", acrescentou, referindo-se ao Quarteto para o Oriente Médio que reúne os Estados Unidos, a Rússia, a União Europeia e a ONU.

Ele criticou em particular que Washington reconheceu Jerusalém como a capital de Israel, pelo o corte da ajuda dos Estados Unidos à agência da ONU para os Refugiados Palestinos (UNRWA) e sua decisão de fechar o escritório da Organização de Libertação da Palestina (OLP) em Washington.

"Todas essas decisões ameaçam a causa nacional palestina e constituem um ataque ao direito internacional e resoluções relevantes das Nações Unidas", disse Abbas.

"É irônico que o governo dos EUA ainda esteja falando sobre o que eles chamam de ;acordo do século;, mas o que resta para este governo dar ao povo palestino? Soluções humanitárias?", questionou.

O presidente americano, Donald Trump, surpreendeu na ONU ao expressar, pela primeira vez, uma preferência pela criação de um Estado palestino coexistindo com Israel, sem parecer alterar, porém, as linhas do conflito no curto prazo.

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