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Ex-modelo americana acusa Cristiano Ronaldo de estupro

Kathryn Mayorga, 34 anos e residente de Las Vegas, acusou o jogador de tê-la estuprado em 13 de junho de 2009

Agência France-Presse
postado em 01/10/2018 16:24
'As pessoas querem se promover através do meu nome. É normal, querem ficar famosos', se defendeu o atacante da Juventus
Los Angeles, Estados Unidos - Uma ex-modelo americana acusou o jogador português Cristiano Ronaldo de estupro em um hotel em Las Vegas e, posteriormente, pressioná-la a assinar um acordo financeiro e de confidencialidade, segundo o processo ao qual a AFP teve acesso.

Cristiano Ronaldo, atacante da Juventus, desmentiu as acusações durante uma transmissão ao vivo pela rede social Instagram, afirmando se tratar de uma "fake news", uma notícia falsa.

"O que disseram hoje, é mentira, ;fake news;. As pessoas querem se promover através do meu nome. É normal, querem ficar famosos", se defendeu o atacante de 33 anos.

Kathryn Mayorga, 34 anos e residente de Las Vegas, acusou o jogador de tê-la estuprado em 13 de junho de 2009, em processo de 32 páginas apresentado na corte do estado de Nevada.

O processo afirma que Mayorga denunciou o ataque à polícia de Las Vegas no mesmo dia, mas sem especificar a identidade do jogador, e foi submetida a um exame médico num hospital local, ficando com "severas lesões físicas e emocionais" e uma "forte depressão".

Um membro da polícia de Las Vegas confirmou à AFP que a polícia recebeu Mayorga para tratar "uma agressão sexual", mas, como a ex-modelo não quis divulgar o nome do agressor nem as circunstâncias do caso, não pôde dar sequência às investigações. "Há mais ou menos um mês o arquivo foi reaberto", completou, sem dar mais detalhes.

A denúncia, à qual a AFP teve acesso por meio dos advogados de Mayorga, é um processo civil e não penal. Desta forma, tem como objetivo reconhecer a responsabilidade civil de Cristiano Ronaldo nas sequelas físicas e psicológicas que a ex-modelo afirma ter sofrido.

Mayorga garante que foi pressionada a assinar um acordo de confidencialidade para manter o estupro em segredo. Agora, pede 200.000 dólares em danos e prejuízos.

Acordo econômico e de confidencialidade

No processo, tornado publicado primeiramente pelo diário esportivo alemão Der Spiegel, Mayorga explica que conheceu Cristiano Ronaldo na tarde de 12 de junho de 2009 na boate Rain do Palms Hotel and Casino de Las Vegas e que aceitou um convite para ir ao quarto do jogador ao lado de alguns amigos para "aproveitar a vista" da cidade.

Na suíte, foi convidada a tomar banho de jacuzzi, mas ela se negou por não ter traje de banho, ainda segundo o processo.

Ronaldo teria então oferecido um traje e acompanhado Mayorga ao quarto para que ela pudesse se trocar. Lá, teria pedido para que a jovem fizesse sexo oral com ele, mas diante da resposta negativa, a teria estuprada enquanto ela gritava "Não, não, não".

"Quando Cristiano terminou o ataque sexual, permitiu que ela deixasse o quarto e pediu desculpas, porque normalmente era um cavalheiro", diz o documento.

Devido à forte pressão que recebeu por parte de "representantes" do entorno de Cristiano Ronaldo, Mayorga aceitou encerrar o caso "em troca de 375.000 dólares e uma cláusula de confidencialidade" para não revelar o ocorrido.

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