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Secretário de Estado dos EUA se encontrará com Kim Jong Un em Pyongyang

Mike Pompeo fará uma nova visita à Coreia do Norte no domingo para impulsionar os esforços de desnuclearização

Agência France-Presse
postado em 02/10/2018 17:58
Pompeo também visitará os aliados dos EUA Japão e Coreia do Sul, além da China, aliada da Coreia do Norte
Washington, Estados Unidos - O secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, fará uma nova visita à Coreia do Norte no domingo e se reunirá com o líder Kim Jong Un para impulsionar os esforços de desnuclearização, disse o Departamento de Estado.

Pompeo, que está tentando organizar uma nova cúpula entre Kim e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, também visitará os aliados dos EUA Japão e Coreia do Sul, além da China, aliada da Coreia do Norte, disse a porta-voz Heather Nauert.

Será a quarta viagem de Pompeo à Coreia do Norte, em meio a esperanças americanas de chegar a um acordo para acabar com os programas nucleares e de mísseis balísticos do país.

"Todo mundo reconhece que há um caminho a percorrer", disse Nauert a repórteres, mas acrescentou: "Estamos confiantes o suficiente para pegar um avião para continuar essas negociações".

O principal diplomata americano anunciou na semana passada que estava pronto para retornar à Coreia do Norte depois de se encontrar com o ministro das Relações Exteriores do Estado comunista, à margem da Assembleia Geral das Nações Unidas.

Pompeo começará sua viagem no sábado, em Tóquio, onde se encontrará com o primeiro-ministro, Shinzo Abe, que há muito tempo defende uma linha dura contra a Coreia do Norte, mas recentemente disse estar disposto a se encontrar com Kim.

[SAIBAMAIS]Após a viagem a Pyongyang, Pompeo vai se dirigir no fim de domingo a Seul, onde se encontrará com o presidente Moon Jae-in, que ajudou a liderar os esforços de reconciliação com a Coreia do Norte.

Nauert disse que Pompeo iria depois a Pequim para reuniões com autoridades não especificadas.

Kim, que como líder raramente viajou para fora da Coreia do Norte, se reuniu em junho em Singapura com Trump, na primeira cúpula entre os dois países, que nunca assinaram um tratado de paz para terminar formalmente sua guerra de 1950-53.

No sábado, Trump elogiou Kim - considerado pelos grupos de direitos humanos como um dos líderes mais repressivos do mundo - e disse que eles se "apaixonaram" após a troca de cartas.

Trump se orgulha da reaproximação com a Coreia do Norte como uma conquista de política externa de seu governo, embora os críticos questionem se Pyongyang tomou alguma medida firme.

Os Estados Unidos, no entanto, insistiram em manter as duras sanções da ONU contra a Coreia do Norte durante a campanha diplomática, enquanto Pequim disse que é hora de começar a flexibilizar as sanções.

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