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Relatório do FBI isenta indicado de Trump ao Supremo, diz senador

O FBI recebeu na última sexta (28/9) o prazo de uma semana para rever as acusações de três mulheres contra Kavanaugh.

Washington, Estados Unidos - O presidente da Comissão de Justiça do Senado, o republicano Chuck Grassley, declarou não ter encontrado "nada" na nova investigação da Polícia Federal Americana (FBI). "Esta investigação não encontrou indícios de má conduta" de Brett Kavanaugh, afirmou Grassley em um comunicado, acrescentando que "não há nada nisso que já não saibamos".

Já a senadora democrata Dianne Feinstein considerou, em entrevista coletiva, considerou que a investigação é "incompleta" e "limitada". Para Dianne, o informe, enviado à noite para os senadores, é "produto de uma investigação incompleta".

"Tínhamos muitos temores de que fosse um processo muito limitado", disse o líder da minoria do Senado, Chuck Schumer. "Esses temores se cumpriram", completou.

O senador Grassley anunciou que votará pela confirmação de Kavanaugh, um conservador de 53 anos, para o cargo vitalício na Suprema Corte. Uma primeira votação de procedimento está programada para esta sexta-feira (5/10) no plenário do Senado, antes da votação final prevista para o fim de semana.

O FBI recebeu na última sexta o prazo de uma semana para rever as acusações de três mulheres, segundo as quais Kavanaugh bebia muito e abusou sexualmente de jovens quando era estudante de Ensino Médio nos anos 1980.

A oposição democrata considera que Kavanaugh não pode ser confirmado com as acusações ainda não comprovadas que pesam sobre ele. Kavanaugh as nega categoricamente.

"Isso é o que sabemos: quem trabalhou com o juiz Kavanaugh, colegas e amigos desde o Ensino Médio até o presente dão conta de sua integridade pessoal. Seus vizinhos e membros da comunidade reconhecem suas contribuições positivas para escolas e igrejas. E seus colegas sabem que é um jurista considerado e respeitoso", afirmou Grassley.