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ONU quer concentrar esforços regionais em proteção a migrantes venezuelanos

A firmação feita pelo alto comissário da ONU para refugiados, Felippo Grandi, que garantiu a concentração dos esforços principalmente imigrantes vítimas da criminalidade, especialmente mulheres e crianças.

Agência France-Presse
postado em 07/10/2018 08:09
Imigrantes venezuelanos na rodoviária
Bogotá, Colômbia - O Alto Comissário da ONU para os Refugiados, Filippo Grandi, afirmou neste sábado (6/8), em sua chegada à Colômbia, que vai se concentrar na proteção regional dos migrantes venezuelanos para evitar que sejam vítimas da criminalidade, especialmente mulheres e crianças.

Grandi, que iniciou uma viagem o levará a Argentina, Peru e Equador, assegurou à imprensa que sua "maior preocupação" são os riscos que sofrem os venezuelanos que fogem em massa da crise econômica em seu país.

Queremos "que os venezuelanos possam ter instrumentos, acesso a uma proteção (...) em vários países e que não sejam expostos a riscos, à criminalidade e a perigos, especialmente as mulheres, as crianças", afirmou o funcionário da ONU.

Grandi anunciou que viajará neste domingo para a cidade fronteiriça de Cúcuta - por onde entram os venezuelanos que em um número importante seguem sua travessia para o sul do continente - para "ver pessoalmente" a situação.

O Alto Comissário para os Refugiados insistiu em que este êxodo incomum - que o governo de Nicolás Maduro nega - deve ser respondido mediante "uma estratégia regional porque muitos problemas são os mesmos em diferentes países".

Neste sentido, destacou a recente nomeação do ex-vice-presidente da Guatemala Eduardo Stein como seu representante para os migrantes e refugiados da Venezuela.

"Seu papel será o de coordenar a ação internacional de forma mais eficaz, buscar recursos, mais recursos para ajudar os venezuelanos", destacou.

A ONU estima em 1,9 milhão o número de pessoas que deixaram a Venezuela desde 2015, devido à difícil situação interna, marcada por escassez de alimentos e medicamentos, bem como de produtos básicos, além da hiperinflação.

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