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Ataque na Cisjordânia mata dois israelenses e é considerado terrorista pelo

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, condenou este grave ataque terrorista

Agência France-Presse
postado em 07/10/2018 11:41
Dois israelenses morreram e um ficou ferido em um ataque, neste domingo (7), numa zona industrial adjacente a uma colônia na Cisjordânia ocupada, um ato descrito como "terrorista" pelo Exército israelense.

Um porta-voz do Exército, Jonathan Conricus, declarou à AFP que o agressor é um palestino de 23 anos, funcionário da zona industrial de Barkan, no norte da Cisjordânia ocupada. Ele segue foragido.

O Exército israelense descreveu o ataque como "terrorista", acrescentando que o autor teriam outras motivações, mas não forneceu mais detalhes.

"Foi o que chamamos de um ataque cometido por um lobo solitário", disse Conricus.

De acordo com o serviço Maguen David Adom, o equivalente à Cruz Vermelha, uma mulher e um homem de 30 anos morreram. Outra mulher de 54 anos ficou gravemente ferida, mas sua vida não está em perigo.

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, condenou este "grave ataque terrorista" e se mostrou confiante de que o agressor seria preso e levado à justiça.

"Não foi apenas um ataque contra inocentes realizando suas atividades diárias, foi também um ataque contra a possibilidade de israelenses e palestinos coexistirem pacificamente", declarou em um comunicado o presidente israelense Reuven Rivlin.

A Jihad Islâmica, segunda força islamita nos Territórios Palestinos atrás do Hamas, chamou o ataque de uma "resposta natural aos crimes da ocupação em Gaza, Jerusalém e Khan al Ahmar", uma aldeia beduína na Cisjordânia ocupada que os israelenses prometeram demolir.

A zona industrial está localizada ao lado das colônias de Barkan e Ariel, no norte da Cisjordânia, um território palestino ocupado por Israel há mais de 50 anos. Palestinos e israelenses trabalham lado a lado nessa zona industrial.

Yossi Dagan, que dirige o conselho regional de assentamentos onde aconteceu o ataque, afirmou que ficou emocionado ao "ver os funcionários judeus e palestinos de pé, juntos e chorando" após o incidente.

Ele acusou os líderes palestinos de "encorajar este terrível ataque terrorista".

Em outubro de 2015, uma onda de violência começou, diminuindo consideravelmente posteriormente, mesmo que ataques esporádicos e isolados de palestinos persistam.

O último desses episódios ocorreu há menos de um mês, quando um palestino matou um israelense esfaqueado em Gush Etzion, um bloco de assentamentos israelenses no sul da Cisjordânia ocupada.

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