Agência France-Presse
postado em 07/10/2018 15:27
Pequim, China - O presidente da Interpol, Meng Hongwei, que estava desaparecido após viajar para a Chinae que está sendo investigado no país "por suspeitas de ter violado a lei", renunciou ao cargo "com efeitos imediatos", de acordo com a organização policial internacional.
"Hoje, 7 de outubro, o secretariado geral da Interpol, em Lyon, na França, recebeu a renúncia de Meng Hongwei da presidência da Interpol, com efeito imediato", segundo comunicado publicado no Twitter.
Mais cedo, um comunicado publicado no site da Comissão Nacional de Supervisão - encarregada de apurar casos de corrupção de funcionários públicos chineses - afirmava que Meng Hongwei "está sendo investigado por suspeitas, de acordo com as quais teria violado a lei", segundo
Meng Hongwei, de 64 anos, não dava sinais de vida desde 25 de setembro, segundo sua esposa, que informou à polícia francesa na noite de quinta-feira o "desaparecimento perturbador" de seu marido.
Sua mulher afirmou neste domingo em uma coletiva de imprensa em Lyon (leste da França), onde fica a sede mundial da organização policial, que acreditava que seu marido estava em perigo.
Em 25 de setembro, ele enviou uma mensagem curta por meio de uma rede social: "Aguarde minha ligação". Em seguida, uma segunda mensagem com apenas um emoticon que simbolizava uma situação de perigo, de acordo com Grace Meng.
No sábado, o secretário geral da Interpol, o alemão Jürgen Stock, havia solicitado à China "um esclarecimento" sobre a situação do presidente da organização.