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Aluno abre fogo em escola na Crimeia e mata ao menos 19 pessoas

O estudante se matou depois de realizar o ataque

Agência Estado
postado em 17/10/2018 16:28

Vladislav Roslyakov, de 18 anos, identificado como o autor, matou 19 pessoas e feriu outras 53

Autoridades russas atualizaram as informações do ataque realizado por um estudante em uma faculdade politécnica na Crimeia nesta quarta-feira, . Vladislav Roslyakov, de 18 anos, identificado como o autor, matou 19 pessoas e feriu outras 53, 12 delas em estado grave, antes de cometer suicídio na Faculdade Politécnica Kerch, na cidade de Kerch, no Mar Negro.


Inicialmente, o caso foi relatado como uma explosão de gás na cafeteria da faculdade. Depois, autoridades informaram que se tratava de uma explosão causada por um dispositivo caseiro. As informações sobre o ataque a tiros são as mais recentes, e foram relatadas pelo líder regional na Crimeia, Serguei Askyonov.

Testemunhas, no entanto, relataram que ao menos algumas das vítimas foram mortas em um ataque perpetrado por um homem armado. Akysonov disse que o estudante, agindo sozinho, se matou depois de realizar o ataque. Segundo o comitê que investiga o crime, Roslyakov foi registrado por câmeras de segurança entrando na faculdade com um rifle e disparando contra estudantes.

O comitê afirmou que todas as vítimas morreram de ferimentos a bala, contrastando com as declarações anteriores feitas por outros funcionários, afirmando que os ferimentos eram resultado de uma explosão.

Após o ataque, a administração local da península declarou estado de emergência. Além disso, a segurança da ponte que liga a Crimeia com a Rússia foi reforçada, e unidades militares foram colocadas na área ao redor da faculdade.

Ainda não está claro se o suposto autor dos tiros detonou a bomba. Segundo o vice-chefe da Guarda Nacional Russa, Serguei Melikov, o dispositivo explosivo era de fabricação caseira. Após a explosão, soldados iniciaram uma inspeção no local em busca de outras possíveis bombas, disse o porta-voz do comitê Antiterrorismo, Andrei Przhezdomsky.

Testemunhas do caso não falaram de uma explosão, mas disseram que mais de um homem armado atacou a escola. O jornal Komsomlskaya Pravda citou o estudante Seymon Gavrilov, que disse que adormeceu durante uma palestra e acordou ao som do tiroteio. Ele afirmou que olhou para fora e viu um jovem atirando contra pessoas com um rifle. "Eu tranquei a porta, torcendo para que ele não me ouvisse", disse Gavrilov.

Segundo o estudante, a polícia chegou cerca de 10 minutos depois para retirar as pessoas do local, e ele disse ter visto corpos no chão e paredes chamuscadas, presumivelmente em razão de um incêndio ou explosão. Outro estudante, Yuri Kerpek, disse à agência de notícias estatal RIA Novosti, que o ataque a tiros durou cerca de 15 minutos.

A diretora da faculdade, Olga Grebennikova, disse a um canal local que homens armados com rifles invadiram a instituição e "mataram todos os que viram". Grebennikova afirmou que havia deixado o local pouco antes do início do ataque e que funcionários estavam entre as vítimas.

A ministra da Saúde da Rússia, Veronika Skvortsova, foi até a área para ajudar na coordenação de assistência aos feridos e helicópteros que transportavam equipes médicas de emergência.

A anexação da Crimeia pela Ucrânia na Rússia desencadeou sanções ocidentais. A Rússia também apoiou os separatistas que combatem o governo ucraniano no leste da Ucrânia, um conflito que deixou pelo menos 10 mil mortos desde 2014.

Nos últimos anos, as agências de segurança russas prenderam vários ucranianos acusados de tramar ataques terroristas na Crimeia, mas nenhum ataque ocorreu.

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