Agência France-Presse
postado em 19/10/2018 18:02
Washington, Estados Unidos - O Departamento de Justiça dos Estados Unidos denunciou nesta sexta-feira (19/10) uma cidadã russa de interferência nas eleições legislativas de 6 de novembro, tornando-se a primeira pessoa a enfrentar acusações criminais referentes às eleições de meio de mandato ao Congresso americano.
"As acusações de hoje sustentam que a cidadã russa Elena Alekseevna Jusyaynova conspirou com outros que fizeram parte da campanha de influência russa para interferir na democracia americana", disse o procurador-geral adjunto dos Estados Unidos, John Demers.
O anúncio foi feito pelo procurador-geral adjunto para temas de Segurança Nacional e pelo diretor do FBI (a Polícia Federal americana), Christopher Wray.
Segundo a parte acusadora, Jusyaynova, de 44 anos, originária de São Petersburgo, foi a diretora de contabilidade do "Projeto Lakhta", que tinha objetivos na Rússia, nos Estados Unidos, em países da União Europeia e na Ucrânia, entre outros.
"Os documentos financeiros que ela controlava incluem gastos detalhados por atividades nos Estados Unidos, como desembolsos por publicidade nas redes sociais, registros de domínios, compra de servidores proxy e a ;promoção de notícias nas redes sociais;", indicou o comunicado.
Nos Estados Unidos, o procurador especial Robert Mueller conduz uma investigação sobre as acusações de interferência da Rússia nas presidenciais americanas e sobre o possível conluio com a campanha do presidente Donald Trump.