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Suspeitos do assassinato de jornalista serão julgados na Arábia Saudita

De acordo com autoridades turcas, o jornalista foi vítima de um assassinato cuidadosamente premeditado

Agência France-Presse
postado em 27/10/2018 09:56
De acordo com autoridades turcas, o jornalista foi vítima de um assassinato cuidadosamente premeditado
Manama - Os suspeitos do assassinato do jornalista saudita Jamal Khashoggi serão julgados na Arábia Saudita, afirmou o ministro das Relações Exteriores saudita neste sábado em resposta ao pedido de extradição da Turquia.

"Sobre a questão da extradição, esses indivíduos são cidadãos sauditas, eles estão detidos na Arábia Saudita e a investigação será conduzida na Arábia Saudita, e eles serão julgados na Arábia Saudita", disse Adel al Jubeir em uma conferência de segurança em Manama.

A promotoria de Istambul emitiu na sexta-feira um pedido de extradição contra 18 cidadãos sauditas detidos em seu país e suspeitos de estarem "envolvidos neste assassinato premeditado".

De acordo com autoridades turcas, o jornalista foi vítima de um assassinato cuidadosamente premeditado, cometido por uma equipe de agentes enviados por Riad.

A Arábia Saudita negou a princípio a morte do jornalista crítico em relação ao poder no reino, e afirmou que ele deixará o consulado depois de ter entrado no 2 de outubro para providenciar alguns procedimentos administrativos.

As autoridades sauditas acabaram reconhecendo que Jamal Khashoggi havia sido morto durante uma operação "não autorizada" e que o príncipe herdeiro Mohamed bin Salman, considerado o homem forte do reino, "não havia sido informado" a respeito.

Na quinta-feira, pela primeira vez, o procurador-geral da Arábia Saudita, aguardado neste domingo em Istambul, mencionou, de acordo com informações fornecidas pela Turquia, mencionou a idéia de que o assassinato do jornalista foi "premeditado" pelos perpetradores.

"Este caso é o assunto de uma investigação", disse Jubeir.

"Saberemos a verdade, castigaremos os culpados e ativaremos um mecanismo para que isso não volte a ocorrer", prometeu.

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