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Explosão de carros-bomba deixa 20 mortos na capital da Somália

Ao menos 20 pessoas morreram e mais de 40 ficaram feridas na explosão

Agência France-Presse
postado em 09/11/2018 17:41
Ao menos 20 pessoas morreram e mais de 40 ficaram feridas na explosão
Mogadishu, Somália - Ao menos 20 pessoas morreram e mais de 40 ficaram feridas na explosão de dois carros-bomba nesta sexta-feira (9) perto de um hotel e uma delegacia no centro de Mogadíscio, capital da Somália, informaram fontes policiais.

"Temos informação de umas 20 pessoas mortas no ataque e mais de 40 feridas. A maioria destas pessoas é de civis que passavam pelo local quando o ataque aconteceu", explicou Abdulahi Ahmed, um oficial de segurança.

Segundo fontes de segurança e testemunhas, dois carros-bomba explodiram perto do hotel Sahafi, onde geralmente se hospedam autoridades políticas somalis.

Um camicase acionou em seguida o colete com explosivos no mesmo local e homens armados tentaram entrar no hotel.

O mesmo hotel, atacado em 2015, fica perto da interseção K4, um cruzamento de ruas muito atribulado no centro de Mogadíscio. Na região há vários hotéis e o quartel do departamento de investigações criminais.

"O alvo do ataque era o hotel Sahafi. Embora os atacantes tenham usado carros-bomba para entrar no edifício, as forças de segurança os detiveram. Quatro atacantes shebab morreram no exterior", acrescentou Ahmed.

Os islamitas somalis shebab usam frequentemente carros-bomba em seus ataques e também é comum que após o caos provocado pelas explosões um comando armado aja para provocar mais vítimas.

Os shebab obedecem à rede extremista Al Qaeda e seu objetivo é provocar a queda do governo federal somali, apoiado pela comunidade internacional e os 20 mil militares da missão da União Africana da Somália (Amisom).

Testemunhas contaram ter visto três homens armados com uniforme militar somali caídos na porta de acesso ao prédio do hotel. O camicase detonou os explosivos que levava consigo em frente à entrada.

O balanço de mortos foi confirmado à AFP por um dos trabalhadores das ambulâncias, Bashir Hasan Farah, que disse ter visto os corpos de 20 pessoas, a maioria civis.

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