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Alemanha adota sanções contra 18 sauditas pelo assassinato de jornalista

O ministro das Relações Exteriores na Alemanha, Heiko Maas explicou que as sanções foram decididas em estreita coordenação com França e Reino Unido

Agência France-Presse
postado em 19/11/2018 11:01
Prémio Nobel da Paz, o iemenita Tawakkol Karman está diante de uma imagem digital de Jamal Khashoggi enquanto fala durante um evento de comemoração dos partidários de Khashoggi em 11 de novembro de 2018 em Istambul. O secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, disse ao príncipe herdeiro saudita Mohammed bin Salman em 11 de novembro de 2018 que os EUA responsabilizarão todos os envolvidos na morte de um jornalista saudita dissidente.
Bruxelas, Bélgica - A Alemanha vai adotar sanções contra 18 sauditas que considera envolvidos no assassinato do jornalista Jamal Khashoggi, em particular a proibição de acesso ao espaço europeu Schengen, anunciou o ministro das Relações Exteriores, Heiko Maas.

Heiko Maas, que fez a declaração antes de uma reunião dos chefes de diplomacia dos países membros da UE em Bruxelas, explicou que as sanções foram decididas em estreita coordenação com França e Reino Unido.

Na quinta-feira (15/11) , o governo dos Estados Unidos anunciou sanções financeiras, incluindo o congelamento de seus fundos no país, contra os 17 sauditas envolvidos na morte do jornalista.

Entre os afetados estão membros da guarda pessoal do príncipe herdeiro, Mohamed bin Salman, como Saud al Qahtani e seu subordinado Maher Mutreb, assim com o cônsul geral da Arábia Saudita em Istambul quando Khashoggi foi assassinado, Mohamed Alotaibi, informou o Tesouro dos Estados Unidos.

Nesta segunda-feira (19/11), Berlim seguiu o exemplo de Washington e anunciou a proibição de entrada em seu território de 18 cidadãos sauditas "supostamente relacionados" com a organização da morte do jornalista, sem divulgar nenhuma identidade.

A Alemanha introduzirá as 18 identidades implicadas no sistema de informação Schengen (utilizados por 26 países europeus) com o objetivo de proibir o acesso, explicou o ministro germânico.

De acordo com fontes diplomáticas, a entrada será possível apenas se cada país emitir explicitamente um visto nacional.

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