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Atentado em zona tribal do Paquistão deixa 31 mortos

Na fronteira com o Afeganistão, as zonas tribais paquistanesas formam uma região onde os talibãs e a Al-Qaeda atuam há muitos anos

Peshawar, Paquistão - Pelo menos 31 pessoas morreram, e mais de 50 ficaram feridas nesta sexta-feira (23/11) na explosão em um mercado nas zonas tribais paquistanesas, na região noroeste do país - anunciaram as autoridades locais. "Um artefato de fabricação caseira escondido em uma caixa de verduras explodiu e matou 31 pessoas, além de ter deixado mais de 50 feridos", afirmou à AFP Ameen Ullah, funcionário do governo da região.

O policial Sadiq Hussain confirmou o balanço de vítimas e o modus operandi do ataque. Na fronteira com o Afeganistão, as zonas tribais paquistanesas formam uma região onde os talibãs e a Al-Qaeda atuam há muitos anos com total impunidade. A área foi um foco de atenção na "guerra contra o terrorismo", após os atentados de 11 de setembro de 2001.

O governo dos Estados Unidos acusa o Paquistão, de forma reiterada, de tolerar a presença de santuários de insurgentes nestes territórios, o que Islamabad nega.

Em outro ataque sem relação registrado nesta sexta-feira, quatro pessoas - dois policiais e dois civis - morreram quando homens armados tentaram invadir o consulado da China em Karachi, a maior cidade do Paquistão. A ação foi reivindicada por um grupo separatista do Baluchistão, que considera a China um país "opressor".

Nos últimos meses foram registrados vários ataques contra as forças de segurança paquistanesas no noroeste do país, assim como na província do Baluchistão (sudoeste), também na fronteira com o Afeganistão.

O nível de violência caiu no país, porém, de acordo com o Centro de Estudos e Pesquisas de Segurança (CRSS) paquistanês.

O número de pessoas mortas em consequência da violência extremista, política, ou criminosa caiu 70% nos últimos dois anos, com 2.057 mortes violentas registradas em 2017, contra 6.574 em 2015.