O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, pediu neste domingo (2/12) a extradição para a Turquia dos sauditas suspeitos do assassinato do jornalista Jamal Khashoggi, crítico do regime de Riad, morto no Consulado da Turquia em Istambul, em outubro.
"Como o crime aconteceu na Turquia, acreditamos que os criminosos têm de voltar para a Turquia. Fizemos uma solicitação oficial, mas os sauditas não os devolveram, declinaram de nossa solicitação", disse Erdogan, ao final da cúpula do G-20, em Buenos Aires.
A promotoria saudita acusou 11 pessoas de envolvimento no assassinato, cinco das quais enfrentam uma possível pena de morte, enquanto Erdogan pede que sejam julgados onde se cometeu o crime.
Segundo o líder turco, que disse não confiar na Justiça saudita, apenas o premiê do Canadá, Justin Trudeau, levou ao G-20 a questão da morte de Khashoggi. Em entrevista, Erdogan destacou que o príncipe herdeiro saudita, Mohamed bin Salman, deu "uma explicação muito pouco confiável" sobre o papel de seu país no caso.
O presidente da França, Emmanuel Macron, disse que pediu ao príncipe herdeiro, com quem se encontrou em Buenos Aires, que aceite a cooperação internacional para investigar a morte do jornalista. O francês ressaltou a necessidade de que o processo seja transparente e tenha credibilidade. (Com agências internacionais). As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.