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Iraque começa a reconstruir famosa mesquita de Mossul

O templo foi construído no século 12 e destruído em 2017

Agência France-Presse
postado em 16/12/2018 14:00
Mossul, Iraque - Um líder religioso de Mossul lançou, neste domingo (16/12), a pedra fundamental para a reconstrução da icônica mesquita Al-Nuri e do seu minarete, destruídos durante os combates contra o grupo Estado Islâmico (EI) nesta cidade do norte do Iraque.

A mesquita, apelidada pelos habitantes de Mossul de "a corcunda" (Al Hadba), e seu minarete foram construídos no século 12 e destruídos em junho de 2017.

O exército iraquiano acusa o EI de colocar explosivos em seu interior.

O EI, que destruiu inúmeros monumentos históricos no Iraque e na Síria, assegurou, no entanto, que a destruição foi provocada por um ataque aéreo da coalizão internacional antijihadista.

Foi nesta mesquita onde o autoproclamado "califa" do EI, Abu Bakr Al-Baghdadi, que está desaparecido, fez sua primeira aparição pública conhecida em 2014.

Depois de três anos nas mãos dos jihadistas, Mossul, a capital da província de Nínive, foi recuperada pelo governo iraquiano em julho de 2017 depois de uma batalha feroz.

Neste domingo (16/12), dezenas de representantes políticos e religiosos, bem como das Nações Unidas e dos países da União Europeia, se reuniram na praça ao lado da mesquita para participar do lançamento da pedra fundamental.

A pedra foi colocada pelo responsável pelos bens religiosos sunitas do Iraque, Abdelatif Al Humaym, durante uma cerimônia.

"Esta pedra, a primeira para a reconstrução e restauração do minarete Al-Hadba e da grande Mesquita Al-Nuri, foi colocada em 16 de dezembro de 2018", está escrito na pedra.

Quase um ano e meio após a queda dos jihadistas, só restam de pé parte a cúpula verde e parte do pórtico de entrada para o pátio. Do minarete, considerado por alguns como "a torre iraquiana de Pisa", só resta a base retangular.

O projeto de reconstrução terá duração de cinco anos e é financiado por uma doação de US$ 50,4 milhões dos Emirados Árabes Unidos.

Depois de um primeiro ano dedicado a documentar o local e remover as ruínas, os próximos quatro serão usados para reconstrução, disse a Unesco.

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