A Arábia Saudita rejeitou nesta segunda-feira (17/12) a resolução do Senado dos Estados Unidos que culpa o príncipe da monarquia saudita, Mohammed bin Salman, pelo assassinato do jornalista Jamal Khashoggi. A medida havia sido aprovada na semana passada com unanimidade entre republicanos e democratas, contrariando o presidente Donald Trump.
Os sauditas disseram que a resolução americana "continha evidentes interferências" nos assuntos internos do reino e abala o papel regional e internacional do país e que tem base em "alegações e afirmações não comprovadas".
"O reino categoricamente rejeita quaisquer interferências nos seus assuntos internos, toda e quaisquer acusações, de qualquer maneira, que sejam desrespeitosas à sua liderança, e qualquer tentativa de abalar a sua soberania ou diminuir a sua estatura", disse a declaração.
A Arábia Saudita também disse que o reino "reafirma" o seu compromisso com as relações com os Estados Unidos e descreve o Senado americano como "uma estimada parte legislativa aliada e amigável ao governo".
Na semana passada, senadores dos EUA aprovaram também o fim da participação dos americanos na guerra do Iêmen, conflito liderado pela Arábia Saudita em coalizão com outros países da região. Secretários do governo de Trump se pronunciaram contra a medida e tentarão barrá-la na Câmara.
Riad afirma que a resolução americana não afetará o "papel central do reino na região", a estabilidade dos mercados internacionais, a cooperação de contraterrorismo e a parceria com os EUA para confrontar o Irã.
Segundo os sauditas, "(a medida) manda recados errados para todos que querem causar uma ruptura na relação entre a Arábia Saudita e os EUA". Fonte: Associated Press