Agência Estado
postado em 27/12/2018 19:51
Os parlamentares e a Casa Branca não avançaram nesta quinta-feira em direção a um acordo para acabar com a paralisação parcial do governo federal dos EUA, provavelmente deixando a luta pelo financiamento da fronteira como a primeira ordem de negócios para o novo Congresso no próximo ano.
O Senado se reuniu brevemente na tarde desta quinta-feira antes de adiar até segunda-feira, 31 de dezembro, o mais recente sinal de que os legisladores não esperam chegar a um acordo para encerrar a paralisação neste ano. A sessão do Senado na segunda-feira provavelmente será uma breve e superficial sessão, sem quaisquer desenvolvimentos.
Atualmente em seu sexto dia, a terceira paralisação parcial do governo começou no sábado depois que o presidente americano, Donald Trump, e os Republicanos abriram um acordo bipartidário do Senado para financiar o governo até 8 de fevereiro, com Trump insistindo em garantir US$ 5 bilhões para o muro.
A paralisação afetou nove das 15 agências federais, forçando cerca de 380 mil funcionários a tirar folga não remunerada, enquanto outros trabalhadores, considerados funcionários essenciais, estão trabalhando sem remuneração.
Nem a Câmara nem o Senado estão programados para realizar quaisquer votos antes de segunda-feira, e assessores do Congresso de ambos os partidos estão pessimistas. Qualquer acordo para reabrir o governo seria feito antes que os democratas assumam o controle da Câmara na quinta-feira, 3 de janeiro.
"Neste momento, parece que poderemos estar prontos para uma paralisação de longo prazo", disse o deputado Mark Meadows (R., N.C.) à CNN nesta quinta-feira, após o adiamento do Senado.
Trump parece ter endurecido sua postura nos últimos dias ao não concordar com um acordo de gastos, a menos que inclua bilhões em financiamento para o muro ao longo da fronteira com o México. Enquanto isso, os democratas que estão prestes a retomar a Câmara na semana que vem têm pouco incentivo para ceder a Trump agora. Dado o impasse, assessores disseram na quinta-feira que não esperavam chegar a um acordo antes de 3 de janeiro, a menos que essas dinâmicas mudassem repentinamente.
"O presidente não quer que o governo permaneça fechado, mas ele não assinará uma proposta que não priorize a segurança de nosso país", disse a Casa Branca em um comunicado na quinta-feira. Trump está falando "constantemente" com sua equipe de negociação sobre o estado das negociações, de acordo com um funcionário da Casa Branca. Fonte: Dow Jones Newswires.