O irmão de um americano preso na Rússia por supesita de espionagem afirmou que o ex-integrante do Corpo de Fuzileiros pode ser vítima de uma disputa diplomática entre os dois países, e que a família teme que ele seja condenado por provas inconsistentes.
"Não há detalhes sobre as circunstâncias de sua prisão, por isso é difícil não relacioná-lo a um mero cabo de guerra entre os dois países por qualquer motivo", declarou David Whelan em entrevista à AFP em Newmarket, Ontário, ao norte de Toronto.
Whelan enfatizou que está "muito preocupado, particularmente porque não há transparência no sistema legal russo".
"Estamos muito preocupados que ele seja acusado sem provas suficientes, e que eles o condenam", afirmou.
Seu irmão foi preso em 28 de dezembro "enquanto realizava um ato de espionagem", segundo o serviço de segurança russo FSB.
A prisão de Whelan - que tem passaportes britânico, americano, irlandês e canadense é a mais recente de uma série de casos de espionagem registrados entre as duas potências.
Quando os repórteres perguntaram sobre o caso de Whelan, o presidente Donald Trump disse: "Estamos investigando isso".
Por seu lado, o secretário de Estado Mike Pompeo disse na quarta-feira que Washington estava tentando obter mais informações sobre a situação.
No entanto, David Whelan mantém a esperança de uma rápida elucidação do caso. "Acreditamos que eles estão trabalhando nisso", disse ele à AFP, acrescentando que a família espera que "o ridículo de toda essa situação acabe fazendo o governo dos Estados Unidos dar um passo à frente para trazer seu irmão para casa".