O alto comando das Forças Armadas Nacionais Bolivarianas reafirmou, nesta quinta-feira (9/1), seu apoio ao presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, na véspera de sua posse para um segundo mandato, não reconhecido pelo Parlamento e por grande parte da comunidade internacional. O respaldo foi dado pelo Ministro da Defesa, Vladimir Padrino, que prometeu apoio irrestrito e lealdade ao líder chavista.
O Exército é um dos principais fiadores de Maduro no poder e, ao longo de seu primeiro mandato, ganhou espaço tanto no governo quanto em empresas estatais, chegando até mesmo ao comando da PDVSA. A oposição também acusa os militares de corrupção ao monopolizar a distribuição de alimentos e remédios, cada vez mais escassos no país.
No comunicado desta quarta, o ministro manifestou ainda sua "profunda indignação e rejeição categórica" à declaração do Grupo de Lima que, com o apoio dos Estados Unidos, pediu que o líder venezuelano entregasse o poder à Assembleia Nacional.
A Assembleia Nacional, eleita em 2015 e de maioria opositora, qualificou Maduro de "usurpador" e começou na terça-feira a debater fórmulas para promover a "transição política" na Venezuela. O Congresso, no entanto, teve seus poderes caçados pelo Judiciário, que permanece leal ao presidente. (Com agências internacionais).