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Governo de Maduro acusa EUA de promoverem a violência na Venezuela

O governo venezuelano acusou nesta quarta-feira (16) os Estados Unidos de encorajarem a violência para derrubá-lo

Agência France-Presse
postado em 16/01/2019 16:19
Maduro foi reeleito em 20 de maio de 2018 em eleições boicotadas pela oposição e desconhecidas pela União Europeia
Caracas, Venezuela - O governo venezuelano acusou nesta quarta-feira (16) os Estados Unidos de encorajarem a violência para derrubá-lo, depois que os americanos expressaram apoio à decisão do Parlamento, de maioria opositora, de declarar Nicolás Maduro como "usurpador" da presidência.

"A Venezuela exige respeito pela sua democracia", escreveu o chanceler Jorge Arreaza no Twitter, denunciando o secretário de Estado americano Mike Pompeo e "outros porta-vozes extremistas que tentam desestabilizar o país e incitar a violência".

Para Arreaza, essa postura contrasta com a atitude de Maduro de buscar um "diálogo respeitoso" com a Casa Branca, que não reconhece o novo mandato do líder socialista.

O chefe da diplomacia americana aplaudiu o Parlamento da Venezuela por declarar o presidente Nicolás Maduro "usurpador" da democracia e transferir formalmente a esse corpo as "responsabilidades executivas".

"Felicitamos, reconhecemos e apoiamos a coragem da Assembleia Nacional da Venezuela ao declarar formalmente Maduro ;usurpador; da democracia", assinalou o secretário de Estado em um tuíte.

Além disso, parabenizou o Legislativo venezuelano por "transferir as responsabilidades executivas à Assembleia Nacional, segundo os artigos 233, 333, 350 da Constituição".

"É uma pena que (...) Pompeo não pode receber um relatório sério e rigoroso que permita compreender o conteúdo da nossa sagrada Constituição", disse o ministro venezuelano das Relações Exteriores.

Maduro foi reeleito em 20 de maio de 2018 em eleições boicotadas pela oposição e desconhecidas pela União Europeia e vários países latino-americanos.

"Pompeo, não conformado em liderar um bloqueio econômico criminoso e uma operação de agressão internacional contra a Venezuela, agora promove descaradamente um golpe de Estado, citando artigos de uma Constituição que claramente não conhece", afirmou Arreaza.

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