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Apagão maciço atinge Panamá a três dias da chegada do Papa

Mais cedo, em coletiva de imprensa, Varela negou que a falha estivesse vinculada com um aumento da demanda de energia pela Jornada Mundial da Juventude-2019


Panamá, Panamá - Um apagão maciço foi registrado no Panamá por cerca de seis horas neste domingo (20/1), três dias antes da chegada do Papa Francisco, deixando parte do país sem água, com semáforos inativos, metrô fora de serviço na capital e comércios sem luz.

O presidente Juan Carlos Varela anunciou no Twitter, no fim da tarde, o restabelecimento total do Sistema de Interconexão Nacional, após se reunir com a direção da Empresa de Transmissão Elétrica, S.A. (Etesa).

Mais cedo, em coletiva de imprensa, Varela negou que a falha estivesse vinculada com um aumento da demanda de energia pela Jornada Mundial da Juventude-2019, evento católico em cujo âmbito ocorrerá a visita do Papa, de quarta-feira até o próximo domingo, 27 de janeiro. "É um incidente que não está vinculado a nenhuma questão de demanda", expressou o mandatário.

Às 11H42 locais (14H42 em Brasília) ocorreu o corte de energia na Cidade do Panamá e em amplas regiões da província, detalhou o gerente da Etesa, Gilberto Ferrari.

Em um comunicado, a companhia manifestou que "as causas oficiais (...) ainda não podem ser confirmadas", mas que o sistema já "opera em condições normais". Outros países da América Central, como os vizinhos Costa Rica e Nicarágua, também foram afetados por apagões parciais.

Apesar do corte de energia, o aeroporto internacional de Tocumen e o Canal do Panamá mantiveram suas operações. O apagão afetou o abastecimento de água em várias partes do país, onde as estações de tratamento de água ficaram sem funcionar.

Após o anúncio de Varela e da Etesa, o Instituto de Aquedutos e Esgotos Nacionais do Panamá (IDAAN) disse em um comunicado que "o processo de recuperação do sistema de água potável é paulatino", ao afirmar que essas estações voltaram a funcionar.

Ferrari informou que o corte se originou por problemas com a linha de energia entre a localidade de La Chorrera e a Cidade do Panamá, separadas por 35 quilômetros. Domingo Espitia, coordenador das forças de segurança por ocasião da visita de Francisco, afirmou que "o Estado panamenho está preparado para este tipo de contingências".

Trata-se da primeira visita de um pontífice ao país caribenho desde 1983, quando João Paulo II fez uma viagem pela América Central. Espera-se a participação de ao menos 200.000 peregrinos procedentes de 150 países durante a Jornada Mundial da Juventude.