
Várias cidades da Venezuela estão em clima de tensão. Protestos contra o governo do presidente Nicolás Maduro tomaram conta das ruas de Caracas e regiões ao redor da capital. De acordo com organizações não governamentais (ONGs), mais de 30 manifestações se espalharam pelo país até as primeiras horas desta terça-feira (22/1).
A ONG Programa Venezuelano de Educação e Ação em Direitos Humanos (Provea), na sua conta do Twitter, postou imagens em que aparecem veículos e tanques da Polícia Nacional Bolivariana (PNB) em Caracas.
As imagens postadas pela organização mostram pessoas correndo e uso de coquetéis molotov por agentes do Estado. Há ainda imagens de manifestantes ateando fogo na rua.
#21Ene A las 8:35pm este era el panorama en la Avenida Fuerzas Armadas de Caracas, durante la protesta que protagonizan vecinos del sector.
— PROVEA (@_Provea) 22 de janeiro de 2019
Durante el día Cotiza, Mecedores y San Bernardino, protestaron contra la dictadura pic.twitter.com/Ae8Ctr8u8k
Os protestos ocorrem às vésperas da chamada jornada antichavismo convocada pelos opositores de Maduro. O presidente da Assembleia Nacional Constituinte (Parlamento), Juan Guaidó, convocou as pessoas para saírem às ruas e pressionar Maduro a deixar o poder, prometendo anistia a servidores civis e militares.
“Os protestos a Oeste de Caracas demonstraram que não há trincheiras para pular. Aqui todos ficamos no mesmo curral: sem luz, sem água, sem remédios, sem gás e com um futuro incerto. Estamos todos submersos nesta crise, menos o usurpador”, afirmou Guaidó na sua conta pessoal no Twitter, referindo-se Maduro como usurpador e das dificuldades vividas por todos no país.
O presidente Jair Bolsonaro disse ontem (21/1) ter esperança que o governo da Venezuela mude “rapidamente”. Nos últimos dias, ele e sua equipe intensificaram o diálogo em busca de alternativas à crise no país vizinho.