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Venezuela acusa Pence de planejar violência em manifestação opositora

A vice-presidente da Venezuela, Delcy Rodríguez, também acusou Pence, afirmando que ele 'está pedindo abertamente um golpe de estado'

Agência France-Presse
postado em 22/01/2019 17:21
A vice-presidente da Venezuela, Delcy Rodríguez, também acusou Pence, afirmando que ele 'está pedindo abertamente um golpe de estado'
Caracas, Venezuela - O ministro de Comunicação da Venezuela, Jorge Rodríguez, acusou, nesta terça-feira (22), o vice-presidente dos Estados Unidos, Mike Pence, de ter mandado "terroristas" promoverem atos de violência na manifestação opositora desta quarta para desestabilizar o governo de Nicolás Maduro.

De acordo com Rodríguez, alguns dos 27 militares presos na segunda por se voltarem contra Maduro confessaram ter entregado parte das armas que roubaram a ativistas opositores "para que executem atos de violência, deixem feridos e mortos na manifestação".

O ministro se referiu a esses ativistas como "civis pertencentes à célula terrorista Vontade Popular", partido do líder opositor Leopoldo López e do presidente do Parlamento, Juan Guaidó.

O plano previa que pessoas trajando uniformes militares "eventualmente disparassem contra a manifestação opositora".

"Para quê? Para cumprir as ordens de Mike Pence", garantiu.

Pouco antes, Pence havia expressado seu apoio às manifestações opositoras que exigem um governo de transição e eleições.

O ministro detalhou que das 51 armas roubadas na véspera pelo grupo de militares 11 não foram recuperadas e seriam usadas para atentar contra a manifestação opositora.

Também lembrou de atos de violência ocorridos durante protestos no ano passado, pelos quais o governo responsabiliza alguns líderes opositores e que, segundo disse, pretendiam derrubar o governo.

A vice-presidente da Venezuela, Delcy Rodríguez, também acusou Pence, afirmando que ele "agora pretende vir governar a Venezuela dando instruções do que se fazer amanhã na Venezuela, pedindo abertamente um golpe de Estado".

";Yankee go home;, não vamos a permitir que se intrometam nos assuntos da pátria", prosseguiu.

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