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Modelo chinesa da Dolce & Gabbana pede desculpas por propaganda racista

A polêmica surgiu em novembro depois que a empresa de moda italiana publicou alguns vídeos curtos no Instagram mostrando uma mulher comendo pizza e espaguete com pauzinhos, que os críticos apontaram como ofensivo à cultura chinesa


Uma modelo chinesa que apareceu em um vídeo promocional da Dolce & Gabbana criticado por ser culturalmente insensível e racista pediu desculpas por sua participação nesta produção que lhe custou uma enxurrada de ameaças.

A polêmica surgiu em novembro depois que a empresa de moda italiana publicou alguns vídeos curtos no Instagram mostrando uma mulher comendo pizza e espaguete com pauzinhos, que os críticos apontaram como ofensivo à cultura chinesa.

O caso se agravou após a divulgação na internet de screenshots de uma discussão no Instagram entre um internauta e o estilista Stefano Gabbana, em que este último usa emoticons de excrementos para definir a China como "país de merda".

A atriz e modelo pede desculpas dois meses após a controvérsia "por não ter interpretado corretamente o significado" de mostrar-se segurando os pauzinhos incorretamente. "Expresso meu mais profundo pesar", escreveu a modelo Zuo Ye em uma longa mensagem publicada na segunda-feira na rede social Weibo.

A modelo disse que agora percebe que com seu trabalho ela representa a imagem da cultura chinesa, "então eu me sinto culpada, peço desculpas", escreveu.

Zuo afirmou que foi atacada depois que o vídeo foi divulgado e recebeu ameaças na rede, que também se estenderam a seu agente, familiares e amigos.

Ao relatar as filmagens realizadas em novembro, em Milão, Zuo disse que não tinha ideia de que o vídeo seria editado da maneira como foi feito, e que ela simplesmente tentou cooperar o máximo possível.

"Vou aprender muito com este incidente", declarou, enfatizando seu orgulho e respeito pela cultura chinesa.

Após a polêmica, Stefano Gabbana e Domenico Dolce, co-fundadores da empresa, pediram desculpas "aos chineses do mundo inteiro".

Conforme relatado em novembro pela imprensa chinesa, várias empresas locais de vendas on-line retiraram produtos da marca italiana por causa do escândalo e numerosos consumidores anunciaram que iriam boicotá-la.