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Bolsonaro: 'Há países fortes dispostos a outras consequências na Venezuela'

Em entrevista à Record, presidente disse que "ditaduras não passam o poder para a oposição de forma pacífica", mas afirmou que o Brasil está "no limite" do que pode fazer

Correio Braziliense
Correio Braziliense
postado em 23/01/2019 22:09
Presidente Jair Bolsonaro
O presidente Jair Bolsonaro disse na noite desta quarta-feira (23/1) que "há países fortes dispostos a outras consequências" para "restabelecer a democracia" na Venezuela. Mais cedo, o presidente da Assembleia Nacional venezuelana assumiu as funções de presidente encarregado do país e foi reconhecido como líder da Venezuela por países como Estados Unidos, Peru, Canadá, Argentina e Brasil.

O presidente dos EUA, Donald Trump, aliás, pediu a saída de Nicolás Maduro do poder e ameaçou o presidente dizendo que "todas as opções" estavam na mesa, caso ele resistisse. Bolsonaro, por sua vez, avaliou que "ditaduras não passam o poder para a oposição de forma pacífica", mas afirmou que o Brasil estava "no limite" do que poderia fazer para "restabelecer a liberdade" no país vizinho.

As declarações de Bolsonaro foram dadas em entrevista ao Jornal da Record. Participando do Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça, o presidente se disse honrado em fazer o discurso de abertura do evento e afirmou ter sido procurado por "vários líderes mundiais e empresários interessados no Brasil".

"Mas nós precisamos fazer a nossa parte. Não podemos ficar registrando déficit ano após ano. Teremos que fazer algumas reformas para que eles tenham confiança em nós", pontuou, acrescentando que os investidores desejam "um país desburocratizado, um Brasil mais ágil".

O presidente também comentou algumas polêmicas, como o cancelamento de entrevistas no Fórum. Ele lembrou que fará uma cirurgia quando retornar ao Brasil e disse que o cancelamento foi motivado por recomendações médicas: "Não posso chegar cansado lá. O que puder cancelar aqui, cancelamos".

Já em relação às acusações contra o senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL-SP), o presidente disse acreditar no filho e avaliou que "há uma pressão enorme em cima" de Flávio para tentar atingi-lo, com "acusações infundadas" e "arbitrariedade". "Todos nós estamos abaixo da lei, mas não é justo fazer isso com o garoto para tentar me atingir", concluiu.


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