O secretário de Estado americano, Mike Pompeo, anunciou nesta quinta-feira, que os Estados Unidos proverão US$ 20 milhões em assistência humanitária à Venezuela "assim que for logisticamente possível". "Esses fundos devem ajudá-los a lidar com cortes severos de alimentos e medicamentos e outros impactos drásticos da crise política e econômica do seu país", afirmou em sessão do Conselho Permanente da Organização de Estados Americanos (OEA), em Washington.
Segundo Pompeo, o anúncio do pacote assistencial é uma resposta a um pedido da Assembleia Nacional venezuelana liderada por Juan Guaidó, deputado oposicionista que ontem se declarou presidente interino do país e assim foi reconhecido por Washington e diversas nações ao redor do mundo. No Brasil, o Itamaraty reconheceu Guaidó como "presidente encarregado".
O número um da diplomacia americana classificou o regime de Nicolás Maduro como "ilegítimo, moralmente falido, economicamente incompetente e profundamente corrupto" e declarou considerar "todas as suas declarações e ações ilegítimas e inválidas".
"À luz desses fatos, convocamos forças de segurança a assegurar proteção à integridade física do presidente interino Guaidó", pediu.
Pompeo argumentou que os EUA não chegaram à conclusão sobre declarar o regime de Maduro ilegítimo "da noite para o dia", mas, sim, "após uma longa e amarga experiência e depois de uma análise considerada dos fatos".
O governo americano está pronto para apoiar os esforços da Assembleia Nacional, do povo venezuelano e de Juan Guaidó para restaurar a democracia e o respeito ao império da lei na Venezuela, ressaltou o secretário de Estado.
Ele também distribuiu críticas ferrenhas a países que se mantiveram aliados a Maduro. Nenhum regime deu tanto apoio ao chavista como o de Cuba, afirmou Pompeo. "Maduro foi um belo aluno na academia cubana de repressão."