Agência Brasil
postado em 24/01/2019 20:35
O ministro da Defesa da Venezuela, Vladimir Padrino López, disse nesta quinta-feira (24/1), em pronunciamento pela TV venezuelana, que as Forças Armadas não tolerarão atos de ;vandalismo ou terrorismo; e que os militares jamais se subordinarão ;a um governo que não seja eleito democraticamente pelo povo ou a uma potência estrangeira;.
;Não vamos tolerar o vandalismo ou atos terroristas por parte de grupos que promovam a violência como um perverso mecanismo para alcançar seus fins;, alertou o ministro, pouco tempo após os comandantes das oito regiões militares em que o território venezuelano é subdividido manifestarem lealdade ao presidente Nicolás Maduro e rechaçarem a ;ingerência externa;.
Segundo López, o governo dos Estados Unidos lidera um movimento para deflagrar um ;vulgar golpe de Estado;. Para o ministro, o propósito é arruinar ;projetos progressistas incômodos a suas ambições imperialistas;.
;Estão executando uma guerra híbrida sem precedentes contra a Venezuela. Uma guera que inclui bloqueio econômico-financeiro, sabotagens, notícias falsas e desinformação, entre outras técnicas, para gerar a ingovernabilidade e justificar uma intervenção militar;, acrescentou Padrino López.
Passado
O ministro da Defesa condenou o gesto do presidente da Assembleia Nacional da Venezuela, Juan Guaidó, que na quarta-feira (23/1) autoproclamou-se presidente interino. Ele comparou o gesto à fracassada tentativa de golpe de Estado de abril de 2002.
Na ocasião, um grupo de militares, com o apoio de civis, sequestrou o então presidente Hugo Chávez. A partir da ação, o então presidente da Federação Nacional de Empresas Venezuelanas, Pedro Carmona Estanca, foi empossado presidente provisório. O ato contou com apoio dos Estados Unidos, do Fundo Monetário Internacional (FMI) e de alguns líderes políticos mundiais.
;Ontem, vimos um evento condenável. Um senhor levantando as mãos e autoproclamando-se presidente da República;, afirmou o ministro Padrino López. ;É preciso alertar o povo sobre o perigo que isso representa para a nossa integridade, independência e soberania;, acrescentou.
;Nós que vivemos aqueles dias de abril de 2002 e temos as lembranças gravadas em nossas mentes, em nossos corações, pensamos que nunca mais aconteceria algo parecido na Venezuela;, afirmou ainda o ministro.