Panamá - O papa Francisco vai falar neste sábado (26/1) a padres e seminaristas do Panamá em meio aos escândalos de abusos sexuais de menores na Igreja católica e seu acobertamento por parte da hierarquia de seus países.
O pontífice argentino, de 82 anos, vai oferecer uma missa à comunidade religiosa católica na igreja colonial Santa Maria a Antiga, na emblemática área antiga da Cidade do Panamá.
Sua agenda continua com uma visita ao Seminário Mayor de San José, uma oportunidade para falar sobre a crise de vocação do sacerdócio.
Havia 414.969 padres católicos no mundo no fim de 2016, segundo dados do Vaticano, enquanto em 2015 eram 415.656, e em 2014, 415.792.
A tendência é parecida entre os seminaristas, com 116.160 em 2016, frente a 116.843 de 2015.
O líder da Igreja vai se dirigir a quem representa o futuro da instituição milenar em um momento delicado - embora o catolicismo continue sendo a religião com mais fiéis do mundo.
Francisco não falou em público, durante sua estadia no Panamá, sobre os escândalos sexuais, mas o porta-voz da Santa Sé reiterou na sexta-feira que o papa espera fixar "medidas concretas" para combater este flagelo na cúpula extraordinária de bispos que ocorrerá de 21 a 24 de fevereiro no Vaticano.
"Será uma ocasião sem precedentes para enfrentar, como dissemos muitas vezes (...), o problema e encontrar realmente medidas concretas para que quando os bispos voltem de Roma para suas dioceses, possam enfrentar esta praga, esta praga terrível", declarou o diretor interino do gabinete de imprensa da Santa Sede, Alessandro Gisotti.
"O Santo Padre tem no coração e na mente" a necessidade de combater os abusos, insistiu Gisotti.