Agência France-Presse
postado em 27/01/2019 17:13
Julen Roselló, o garoto de dois anos falecido ao cair em um poço profundo e estreito em 13 de janeiro, foi enterrado neste domingo (27/1) na cidade espanhola de Málaga.
Seu corpo foi encontrado ontem pelos socorristas, em meio a uma operação com mineiros que mobilizou o país.
A família de Julen Roselló entrou no cemitério San Juan de Málaga aplaudida por uma multidão de pessoas, que se aproximou da entrada para manifestar seu apoio a este jovem casal que perdeu seus dois filhos em dois anos.
Segundo pessoas próximas do casal, o menino foi enterrado ao lado do irmão, Oliver, que morreu vítima de uma crise cardíaca, aos três anos, em 2017.
Em 13 de janeiro, o pequeno Julen caiu por acidente, segundo seus pais, em um poço abandonado de 25 centímetros de diâmetro e mais de 100 metros de profundidade cavado para buscar água.
O menino brincava em um terreno pertencente a um familiar. Os pais almoçavam perto do poço, de acordo com as autoridades, aberto sem autorização.
Os primeiros elementos da investigação apontam que Julen sofreu uma "queda livre de 71 metros".
Segundo um fotógrafo da AFP, ao saber do trágico desfecho, o pai de Julen gritou "Não, outra vez, não". A mãe também gritou sua dor.
A operação para encontrar o menino mobilizou uma enorme aparato: cerca de 300 pessoas, explosivos para escavar e uma unidade de mineiros de elite que viajaram de Astúrias (noroeste do país).
Segundo a imprensa local, a necropsia revelou que Julen faleceu no mesmo dia da queda, como consequência de "um traumatismo craniencefálico".
Cabe agora ao juiz de Málaga determinar as "possíveis responsabilidades pela morte de Julen".
Também foi feito um apelo para que se cubra os poços ilegais em todo país, particularmente na Andaluzia.