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Países europeus reconhecem Guaidó como presidente interino da Venezuela

Espanha, Reino Unido, Suécia, Dinamarca, França, Áustria e Alemanha anunciaram a decisão nesta segunda-feira, após se encerrar prazo dado para Maduro convocar novas eleições

Agência Estado, Agência France-Presse
postado em 04/02/2019 09:03

Guaidó recebe apoio de países europeus para convocar novas eleiçõesEncerrado neste domingo (3/1) o prazo dado pelos países europeus para que Nicolás Maduro renunciasse ao cargo de presidente e convocasse novas eleições no país, sete Estados europeus reconheceram, nesta segunda-feira (4/1), o opositor Juan Guaidó como presidente interino da Venezuela. A Espanha foi o primeiro país a oficializar o apoio ao líder da Assembleia Nacional venezuelana, seguido por Reino Unido, Suécia, Dinamarca, França, Áustria e Alemanha.

O ministro das Relações Exteriores do Reino Unido defendeu o caráter temporário da ocupação de Gauidó no cargo, sendo ele o encarregado para organizar o país para novas eleições. "Maduro não convocou eleições presidenciais no prazo de oito dias que fixamos. De modo que o Reino Unido, junto com seus aliados europeus, reconhece agora Juan Guaidó como presidente constitucional interino até que se possam realizar eleições confiáveis", disse Jeremy Hunt.

Sánchez declarou que o prazo para a convocação das eleições deve ser o menor possível. "O governo da Espanha anuncia que reconhece oficialmente o presidente da Assembleia da Venezuela, o senhor Guaidó, como presidente encarregado da Venezuela para que convoque eleições presidenciais no menor prazo de tempo possível", afirmou o presidnete espanhoul, Sánchez no Palácio de Moncloa.

Por sua vez, o prediente da França, Emmanuel Macron declarou o apoio por meio das redes socias. "Os venezuelanos têm o direito de se expressar livre e democraticamente", afirmou. "A França reconhece @jguaido como ;presidente encarregado; para implementar um processo eleitoral. Apoiamos o Grupo de Contato, criado com a UE, neste período de transição", escreveu Macron.

A Alemanha se juntou a um grupo de Estados-membros da União Europeia. O movimento ganha força no continente após chegar ao fim um prazo de oito dias dado pelos principais países do bloco para que o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, convocasse novas eleições presidenciais "livres, justas e democráticas".

"Para nós, Guaidó é, em consonância com a Constituição, presidente interino da Venezuela", afirmou o ministro de Relações Exteriores alemão, Heiko Maas, em sua conta no Twitter, acrescentando que lamenta que Maduro não tenha atendido o ultimato europeu.

Trump: uso do exército é "opção"

No domingo (3/2), o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, reafirmou que o uso do exército na Venezuela é "uma opção" considerada diante da crise política no país. Quando perguntado, durante uma entrevista com o canal americano CBS, sobre o que o levaria a recorrer ao exército, o presidente disse que não comentaria a questão. "Mas é certamente uma opção", reconheceu.

Washington disse claramente há alguns meses, e novamente nos últimos dias, que "todas as opções", incluindo militar, estão sobre a mesa no que diz respeito à crise venezuelana. Donald Trump reconheceu em 23 de janeiro o opositor Juan Guaidó como presidente interino da Venezuela, após a sua autoproclamação. Os Estados Unidos não reconheceram a reeleição do presidente Nicolás Maduro, que assumiu seu segundo mandato em 10 de janeiro.


Maduro não dá "o braço a torcer"

Washington aplicou severas sanções econômicas para pressionar Maduro a deixar o poder e também insta o exército da Venezuela a apoiar Guaidó. Maduro, no entanto, também no domingo, rejeitou o ultimato europeu e descartou novas eleições presidenciais, ao mesmo tempo em que disse apoiar a próxima reunião de um grupo de contato internacional, em uma entrevista à emissora na entrevista à emissora espanhola La Sexta.

Maduro disse que não dará o "braço a torcer por covardia diante das pressões". "Por que a União Europeia tem que dizer a um país do mundo que já fez eleições que deve repetir suas eleições presidenciais, por que não foram vencidas por seus aliados de direita?", questionou Maduro, entrevistado em Caracas pelo jornalista Jordi Évole.

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