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Chile decreta estado de catástrofe em três regiões por incêndios

Um total de 16 incêndios deixaram, desde este fim de semana, dois mortos, 125 afetados, mais de 7.000 hectares destruídos e cerca de meia centena de casas queimadas

Agência France-Presse
postado em 05/02/2019 17:50
Um total de 16 incêndios deixaram, desde este fim de semana, dois mortos, 125 afetados, mais de 7.000 hectares destruídos e cerca de meia centena de casas queimadas
Santiago, Chile - O governo chileno decretou nesta terça-feira (5) estado de catástrofe em três regiões do sul do país, onde se registram 630 focos de incêndios que destruíram 9.300 hectares, informou Rodrigo Ubilla, subsecretário do Interior.

A medida foi adotada para as regiões de Maule, Biobío e La Araucanía devido ao "aumento significativo" das ocorrências nessas zonas, onde 630 focos destruíram 9.500 hectares até o momento, indicou Ubilla em coletiva de imprensa.

"O governo deve dispôr de todos seus recursos a fim de dar tranquilidade e poder paliar estas circunstâncias que são tão adversas. Com base nisso é que foi decretado" o estado de catástrofe, indicou Ubilla.

Este decreto de exceção tem como objetivo nomear um encarregado nacional para "coordenar todas as ações preventivas" com órgãos do estado como Policias e Forças Armadas, que deverão controlar a ordem pública nas zonas afetadas, explicou a autoridade.

Das três regiões, em Araucanía (cerca de 680 km ao sul de Santiago) é a mais afetada. Um total de 16 incêndios deixaram, desde este fim de semana, dois mortos, 125 afetados, mais de 7.000 hectares destruídos e cerca de meia centena de casas queimadas, segundo autoridades dessa zona.

Ubilla afirmou que as altas temperaturas, acima de 30 graus, que afetam o centro e o sul do Chile durante o verão, contribuíram para a expansão do fogo.

"Os registros históricos de altas temperaturas se manterão durante os próximos dias", acrescentou.

A nível nacional, foram registrados 45 incêndios ativos que se concentram no sul chileno onde os incêndios são frequentes durante o verão boreal.

Entre janeiro e fevereiro de 2017, um megaincêndio florestal que afetou o centro-sul do país consumiu 467.000 hectares, com um custo de 26,5 milhões de dólares.

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