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Mais de 400 golfinhos encontrados mortos na costa atlântica francesa

Segundo a associação para a conservação da natureza France Nature Environment, a maioria dos animais morreram em redes de pesca

Agência France-Presse
postado em 14/02/2019 11:51

Rio de Janeiro (RJ), 28/03/2011, Golfinhos em Copacabana - Golfinhos deram o ar de sua graça na manhã desta segunda-feira na Praia de Copacabana, zona sul da cidade.

Mais de 400 golfinhos foram encontrados mortos na costa atlântica francesa desde o início de janeiro, informou o observatório Pelagis, especializado em mamíferos e aves marinhas, lamentando um fenômeno alarmante.

"A maioria dos animais examinados tinham traços de captura acidental e, portanto, morreram em redes de pesca", explicou Hél;ne Peltier, pesquisadora do observatório. "Desde o início de janeiro (...), mais de 400" corpos de golfinhos foram encontrados encalhados na costa oeste da França, "entre o sul da Bretanha e a fronteira espanhola", disse ela.

A associação para a conservação da natureza France Nature Environment lamentou em um comunicado um número que já bate os recordes de invernos anteriores para o mesmo período observado. "No mesmo período, houve mais (encalhes) este ano do que no ano passado, se olharmos para o mesmo período. No ano passado, os encalhes mais importantes ocorreram em fevereiro-março, quando contabilizamos 800. Mas esse ano já temos 400 no início de fevereiro. Então a grande questão é saber se a situação vai se acalmar ou não", apontou Peltier.

France Nature Environnement pede "uma redução imediata" do número de embarcações de pesca, alertando para o fato de que, todos os anos, "mil carcaças de golfinhos aparecem na costa francesa. E isso é apenas a ponta do iceberg, já que a maioria dos corpos simplesmente afunda no fundo do oceano".

Medir a extensão do fenômeno é particularmente complexo, de acordo com Hél;ne Peltier, porque durante as outras estações do ano, "mesmo se houvesse esses eventos, não os veríamos porque os ventos não nos trariam necessariamente os cadáveres".

Além disso, é difícil identificar as causas. Em parte, porque eles "se alimentam das mesmas presas que o robalo e a pescada, que são alvos de alguns pescadores", ressalta Peltier. Os cetáceos ficam "presos nas redes e depois entram em pânico e morrem"

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