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Venezuela reforça bloqueio de ponte na fronteira com Colômbia

Maduro rejeita a entrada de ajuda humanitária por considerá-la um pretexto para uma intervenção militar liderada por Washington

Agência France-Presse
postado em 14/02/2019 12:21

Vista aérea de Villa del Rosario, Norte de Santander, Colômbia, perto da Ponte Internacional Simon Bolívar, na fronteira com a Venezuela, em 13 de fevereiro de 2019. Uma multidão de venezuelanos sobrecarregados pelas dificuldades diárias em seu país devastado pela crise se transformaram em sucata comerciantes, embarcando em procissões ao longo de trilhas clandestinas levando a vizinha Colômbia na sua luta para sobreviver.
Edison ESTUPINAN / AFP

Os Estados Unidos a Cúcuta a pedido de Guaidó, presidente do Parlamento e reconhecido por vários países como presidente interino do país. Na terça-feira (12/2), o líder opositor estabeleceu 23 de fevereiro como data limite para a entrada da ajuda. Ao mesmo tempo, o chavismo ratificou a recusa a aceitar o auxílio.

Maduro rejeita a ajuda por considerá-la um pretexto para uma intervenção militar liderada por Washington. A oposição pediu aos militares, a grande base de apoio de Maduro, que permitam a entrada de ajuda humanitária.

A ponte de Tienditas ainda não foi oficialmente inaugurada. A previsão era 2016, mas o fechamento temporário da fronteira comum de 2.200 km - ordenado pelo governo de Maduro no fim de 2015 e suspenso meses depois - adiou a abertura.

O presidente Donald Trump disse na quarta-feira que o presidente venezuelano "comete um erro terrível" ao bloquear a ajuda humanitária dos Estados Unidos para seu país.

Trump disse que é "triste" que o país latino-americano, rico em petróleo, esteja vivendo uma crise e que Washington ainda não descartou o envio de tropas para a região.

Guaidó se autoproclamou presidente depois que Maduro foi declarado "usurpador" pelo Legislativo, único poder controlado pela oposição na Venezuela, alegando que o governante socialista foi reeleito por meio de fraude.

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