O líder oposicionista Juan Guaidó, autointitulado presidente interino da Venezuela, afirmou no fim da noite de ontem, em sua conta no Twitter, que é importante haver pressão dentro e fora do país para ocorrer uma troca de comando. Guaidó qualifica o presidente Nicolás Maduro um usurpador, afirmando que venceu eleições fraudadas, e disse que a comunidade internacional deve manter todas as alternativas em aberto para enfrentar a crise.
"Os acontecimentos de hoje me obrigam a tomar uma decisão: apontar à comunidade internacional de maneira formal que devemos ter todas as opções para conseguir a liberação desta Pátria que luta e seguirá lutando", afirmou Guaidó em sua conta no Twitter, no fim da noite do sábado. Ele também lembrou que se reunirá na segunda-feira com autoridades do Grupo de Lima, na Colômbia. "A pressão interna e externa são fundamentais para a liberação."
Em outras mensagens, Guaidó disse que mantinha contatos com militares venezuelanos que desertaram do regime de Maduro e passaram a apoiá-lo. "São soldados que em algum momento tiveram ilusão pela carreira militar e hoje são prisioneiros do terror", comentou, ao falar sobre o clima de "medo, necessidade e falta de respeito" nas Forças Armadas venezuelanas.
Guaidó afirmou ainda duvidar que o ex-presidente Hugo Chávez (1999-2013), que morreu em 2013, apoiasse o governo Maduro. Além disso, o líder oposicionista reenviou a seus seguidores mensagem de apoio do ex-presidente americano Bill Clinton, com críticas à violência na Venezuela.