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Mourão descarta intervenção militar e defende novas eleições na Venezuela

Em discurso no Grupo de Lima, o general propôs a realização de eleições convocadas pela assembleia da Venezuela e fiscalizadas por órgãos internacionais

Correio Braziliense
Correio Braziliense
postado em 25/02/2019 15:05

O vice-presidente do Brasil, general Hamilton Mourão, cumpriu seu primeiro compromisso internacional ao participar da reunião do Grupo de Lima, nesta segunda-feira (25/2), em Bogotá. Em um discurso de pouco mais de 13 minutos em espanhol, Mourão criticou apoiadores do governo de Nicolás Maduro e fez um apelo pela convocação de novas eleições na Venezuela, fiscalizada pela Organização dos Estados Americanos (OEA). Ao final, disse ser possível restabelecer a democracia no vizinho sem medidas extremas.

No discurso, Mourão defendeu sanções ao governo de Maduro, mas descartou o uso da força para restabelecer a ordem no país. "Não devemos temer buscar as sanções contra integrantes do regime chavista, passando, obviamente, pela OEA", comentou o vice-presidente. No entanto, reforçou que "o Brasil acredita firmemente que é possível a Venezuela regressar ao convívio democrático sem medidas extremas que o caracterizem como invasor ou agressor", disse.

"Vamos manter a linha de não intervenção, acreditando na pressão diplomática e econômica internacional para buscar uma solução pacífica. Sem aventuras. Condenamos o regime de Nicolas Maduro e estamos indignados com a violência contra a população venezuelana", reforçou o vice-presidente em mensagem no Twitter.

A reunião contou com a presença do opositor Juan Guaidó e seus aliados, com o governo dos Estados Unidos à frente. O Grupo de Lima se reuniu pela última vez, em 4 de fevereiro, em Ottawa. Na ocasião, 11 países pediram uma mudança pacífica de governo, ao mesmo tempo que solicitaram aos militares que reconhecessem Guaidó e permitissem a entrada de ajuda. Três integrantes do Grupo de Lima ; México, Guiana e Santa Lúcia ; não reconhecem Guaidó como presidente da Venezuela.

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