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A secretária-adjunta de Estado para assuntos do Hemisfério Ocidental dos Estados Unidos, Kim Breier, chegou na segunda-feira (25/2) ao Brasil para uma série de reuniões com integrantes do governo brasileiro e visitas em São Paulo, Brasília e Rio de Janeiro. A viagem ocorre junto à coordenação entre Estados Unidos, Colômbia e Brasil na operação para entrega de ajuda humanitária na Venezuela e pressão da comunidade internacional pela transição de governo no país.
O Brasil e os EUA reconhecem o presidente da Assembleia Nacional da Venezuela, Juan Guaidó, como presidente interino do país. No Twitter, Kim Breier afirmou que a Venezuela é um dos temas da visita ao Brasil e destacou a importância do apoio do governo de Jair Bolsonaro:"Vou começar minha primeira viagem ao Brasil como subsecretária, meus pensamentos estão com os heróis que arriscam suas vidas tentando obter ajuda humanitária para os necessitados em Venezuela. O apoio de Jair Bolsonaro e do Brasil tem sido crucial nesses esforços."
Ela terá encontros com os ministros de Relações Exteriores, Ernesto Araújo, e da Justiça, Sérgio Moro. Kim Breier também irá se encontrar com o secretário de Comércio Exterior e Assuntos Internacionais, Marcos Troyjo; com o assessor internacional da presidência, Filipe Martins, e com o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP).
A ida de Kim ao Brasil é mais um passo na aproximação dos dois países. Logo após as eleições, o assessor de segurança nacional foi ao Rio de Janeiro para se encontrar com Bolsonaro e, em janeiro, o secretário de Estado americano, Mike Pompeo, chefiou a delegação americana que compareceu à posse do presidente. O deputado Eduardo Bolsonaro se encontrou com Kim Breier quando esteve em Washington, no fim de 2018, e o chanceler Ernesto Araújo esteve no Departamento de Estado no início de fevereiro.
A visita também ocorre menos de um mês antes da visita de Jair Bolsonaro ao presidente Donald Trump, prevista para a semana de 18 de março.
A primeira parada da secretária foi no Rio, onde esteve na Escola Superior de Guerra, do Ministério da Defesa, onde discutiu compromissos de segurança e cooperação de defesa entre os dois países.
Na zona portuária do Rio, a americana visitou Cais do Valongo, o que classificou como "uma recordação solene das milhões de vidas destruídas pela escravidão". O antigo cais, um porto de entrada de escravos negros na América Latina, já recebeu o título de patrimônio mundial da Unesco. "Nosso apoio à conservação do cais como reconhecimento à cultura, história e contribuições dos descendentes de africanos nos nossos países e por toda a América", escreveu Kim na sua conta no Twitter.