Agência Estado
postado em 28/02/2019 11:39
O primeiro-ministro do Paquistão, Imran Khan, afirmou nesta quinta-feira, 28, que seu país libertará o piloto indiano Abhinandan Varthaman - detido na véspera depois que seu caça foi derrubado pelas Forças Aéreas paquistaneses durante um combate aéreo com a Índia - como um "gesto de paz".
"O piloto indiano está sob nossa custódia, o libertaremos amanhã (sexta-feira, dia 1º) como gesto de paz", anunciou o dirigente paquistanês durante uma sessão parlamentar televisada ao vivo.
Khan acrescentou que na quarta-feira tentou sem sucesso falar por telefone com o líder indiano, Narendra Modi, ao considerar que uma escalada de tensão não é do interesse de nenhuma das duas nações vizinhas.
O gesto paquistanês acontece em meio a uma escalada militar sem precedentes nos últimos anos, depois que a Índia assegurou ter bombardeado na terça-feira um acampamento em solo paquistanês do grupo terrorista Jaish-e-Mohammed (JeM).
O JeM reivindicou em 14 de fevereiro passado um atentado com carro-bomba a um comboio das forças de segurança na Caxemira indiana no qual morreram 42 policiais - o mais sangrento em três décadas de conflito na disputada região.
No entanto, o Executivo de Islamabad mantém que o bombardeio indiano não causou mortes e que as bombas caíram em espaços abertos.
Como resposta, o Paquistão anunciou o abate de dois caças indianos e a captura de um dos pilotos, além do bombardeio por meio da Linha de Controle (LoC, fronteira de facto em Caxemira) de território indiano, sem causar baixas e nem danos.
A Índia, por sua vez, reconheceu a perda de uma aeronave e a captura do piloto, mas afirmou que tinha derrubado um caça paquistanês. (Com agências internacionais).