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Reunião de militares de Rússia e EUA sobre Síria ocorrerá na segunda-feira

Nessa reunião, o general americano Joe Dunford e seu homólogo russo Valeri Guerasimov falarão de medidas para evitar conflitos entre as operações militares da Rússia na Síria

Agência France-Presse
postado em 03/03/2019 18:16
Washington, Estados Unidos - chefes de Estado-Maior de Rússia e Estados Unidos se reunirão nesta segunda-feira (4) em Viena para abordar a continuação das operações na Síria, onde Washington decidiu manter uma "força residual" para garantir a proteção de seus aliados curdos.

Nessa reunião, o general americano Joe Dunford e seu homólogo russo Valeri Guerasimov falarão de medidas para evitar conflitos entre as operações militares da Rússia na Síria e as da coalizão liderada por Washington, indicou o porta-voz do Estado-Maior americano, o coronel Patrick Ryder, em um comunicado.

Desde a entrada da Rússia nesse conflito, em 2015, Moscou e Washington entraram em acordo para delimitar suas zonas de operação contra o grupo extremista Estado Islâmico (EI) e evitar qualquer incidente entre suas respectivas tropas.

Dunford e Guerasimov também abordarão "o estado das relações militares entre Estados Unidos e Rússia e a situação atual na Europa", acrescentou o porta-voz, em referência às tensões atuais sobre o tratado INF, um acordo assinado por Washington e Moscou durante a Guerra Fria para eliminar as armas nucleares de alcance intermediário.

Os Estados Unidos anunciaram no mês passado a sua saída desse tratado, alegando que a Rússia havia deixado de respeitá-lo.

Apesar do conflito na Síria e das tensões bilaterais, os dois chefes de Estado-Maior sempre conseguiram manter uma via de comunicação aberta.

Em agosto de 2018, a Rússia enviou, por exemplo, uma carta confidencial aos Estados Unidos, cujo conteúdo foi vazado à imprensa, com propostas para assegurar a reconstrução da Síria e o retorno dos refugiados.

O presidente americano, Donald Trump, decidiu em dezembro retirar as suas tropas mobilizadas no nordeste da Síria, onde cooperaram com forças curdas para expulsar o EI, mas aceitou no final de fevereiro conservar um contingente de 200 militares no país árabe.

Washington negocia com seus aliados ocidentais no seio da coalizão para formar uma força internacional capaz de prosseguir a formação de serviços de segurança capazes de manter a paz após a derrota do EI, em uma região que o regime sírio não controla.

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