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Morre 3º venezuelano hospitalizado em Roraima após distúrbios por ajuda

A Secretaria de Saúde de Roraima indicou que Jorge González, de 40 anos, morreu como consequência de um traumatismo cranioencefálico após ter sido internado em 23 de fevereiro

Agência France-Presse
postado em 03/03/2019 21:52
Brasília, Brasil -Um terceiro venezuelano hospitalizado na capital de Roraima, Boa Vista, perto da fronteira com a Venezuela, após os distúrbios pelo bloqueio da ajuda humanitária faleceu neste domingo (3), informaram as autoridades locais.

A Secretaria de Saúde de Roraima indicou que Jorge González, de 40 anos, morreu como consequência de um traumatismo cranioencefálico após ter sido internado em 23 de fevereiro.

"Foi o terceiro ferido nos conflitos na Venezuela a morrer após receber atendimento em Roraima", assinalou em uma breve nota, sem dar mais detalhes.

Com ele já são sete os falecidos durante os distúrbios ocorridos em Santa Elena de Uairén e na comunidade de Kumaracapay (ambas no estado de Bolívar, sul da Venezuela), em 22 e 23 de fevereiro, entre manifestantes e militares que bloqueavam a entrada da ajuda internacional gerida pelo líder opositor Juan Guaidó, reconhecido como presidente interino da Venezuela por mais de 50 países.

Vários dos falecidos são indígenas pemon. O último deles, Rolando García, de 52 anos, morreu no sábado por "complicações das feridas por arma de fogo".

Ainda há no hospital de Boa Vista, a 215 quilômetros da fronteira, cerca de 20 feridos que cruzaram de ambulância a fronteira, apesar de ter sido fechada por ordem do presidente Nicolás Maduro, para receber atendimento no Brasil diante da escassez de remédios e material sanitário que atinge a Venezuela.

Naqueles dois dias de fevereiro houve 50 feridos por disparos em confrontos envolvendo civis e militares armados partidários do governo nas cidades próximas à fronteira com o Brasil e também em cidades adjacentes à Colômbia, onde a fronteira também estava fechada, de acordo com a ONG venezuelana Foro Penal.

O escritório do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos estima que 300 pessoas ficaram feridas.

Maduro rejeitou a ajuda internacional por considerá-la um pretexto para uma invasão militar da Venezuela liderada pelos Estados Unidos.

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