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Ciclone arrasa Moçambique; 84 mortos já foram confirmados pelo governo

O ciclone atingiu o centro de Moçambique na quinta-feira (17/3) à noite e avançou rumo ao Zimbábue, destruindo tudo em sua passagem: estradas, escolas, casas e até mesmo uma represa

Agência France-Presse
postado em 18/03/2019 09:12

Ciclone arrasa a segunda maior cidade de Moçambique

Beira, a segunda maior cidade de Moçambique, com 530.000 habitantes, foi danificada em 90% na passagem do ciclone Idai, que deixou 138 mortos no país e no Zimbábue, anunciou nesta segunda-feira (18/3) a Federação Internacional da Cruz Vermelha (FICV).

"O alcance dos danos provocados pelo ciclone Idai, que atingiu a cidade moçambicana de Beira, é enorme e aterrorizante", afirma a FICV em um comunicado.

O ciclone atingiu o centro de Moçambique na quinta-feira (17/3) à noite e avançou rumo ao Zimbábue, destruindo tudo em sua passagem: estradas, escolas, casas e até mesmo uma represa.

Ao menos 68 pessoas morreram em Moçambique, 55 delas na cidade portuária de Beira, e outras 70 no Zimbábue, de acordo com o balanço mais recente."Os meios de comunicação estão totalmente cortados e as estradas estão destruídas. Muitas localidades são inacessíveis. Nos contaram que a situação é pior fora da cidade", alertou Jamie LeSueur, da FICV, citado no comunicado.

O balanço de vítimas pode aumentar em consequência das fortes chuvas previstas par a região e à medida que as equipes de emergência avançam por todas as localidades, segundo a Cruz Vermelha.

Alto número de mortos

O presidente de Moçambique, Filipe Nyusi, estimou nesta segunda-feira (18/3) que a balança do ciclone Idai, que também afetou o vizinho Zimbábue, pode ultrapassar as 1.000 mortes depois que a tempestade varreu as províncias centrais do país.

"No momento oficialmente registramos 84 mortos, mas quando sobrevoamos a área esta manhã para entender o que aconteceu, tudo indica que poderemos registrar mais de 1.000 mortes", afirmou, em mensagem ao país.

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