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Polícia da Holanda detém suspeito de ser o autor de ataque em Utrecht

O provável ataque terrorista, segundo as autoridades, deixou três mortos e nove feridos

Agência France-Presse
postado em 18/03/2019 14:39
O provável ataque terrorista, segundo as autoridades, deixou três mortos e nove feridos
A polícia holandesa prendeu, nesta segunda-feira, um homem originário da Turquia suspeito do tiroteio em um VLT (veículo leve sobre trilhos) e "em vários locais" em Utrecht, um provável "ataque terrorista" que fez três mortos e cinco feridos.

Ao longo do dia, a segurança nos principais aeroportos e edifícios públicos do país foi reforçada, enquanto as autoridades aconselharam o fechamento das escolas da cidade. Os moradores também foram instruídos a "permanecer em casa".

Na parte da manhã, um homem abriu fogo em um VLT do centro desta cidade, uma das mais importantes do país. Três pessoas morreram e cinco ficaram feridas, segundo a polícia e o prefeito de Utrecht, Jan van Zanen, que inicialmente havia falado de nove feridos.

No início da tarde, as autoridades publicaram a foto de um homem de cabelo curto vestindo um blusão azul, tirada por uma câmera de seguranã do veículo. "A polícia procura Gokmen Tanis, de 37 anos (nascido na Turquia) em conexão com o incidente desta manhã", indicou a polícia de Utrecht no Twitter, aconselhando o público a "não se aproximar" do suspeito.

O homem foi preso no final da tarde. "Acabamos de ser informados que o suspeito foi preso", anunciou o chefe da polícia de Utrecht, Rob van Bree, durante coletiva de imprensa.

O nível de ameaça terrorista, elevado ao máximo em Utrecht, foi rebaixado, afirmou o direito da agência nacional para a segurança e o contra-terrorismo (NCTV), Pieter-Jaap Aalbersberg, confirmando a detenção do "principal suspeito".

;Não cederemos;

No local do ataque, perto da ponte 24 de Outubro, uma vítima foi coberta com um lençol e ficou na pista entre dois vagões, informou um repórter da agência de notícias holandesa ANP.

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Os arredores foram cercados pela polícia. Uma testemunha relatou à NOS News ter visto uma mulher sair do VLT correndo, com sangue nas mãos e nas roupas antes de cair no chão.

"Eu a levei para o meu carro e a ajudei. Quando a polícia chegou, ela estava inconsciente", declarou. O primeiro-ministro holandês, Mark Rutte, cancelou uma reunião da coalizão do governo e para permanecer em gabinete e se manter informado, disseram as autoridades.

Ele declarou que "um ato de terrorismo é um ataque à nossa civilização, à nossa sociedade tolerante e aberta (...). Há apenas uma resposta, a de que nosso Estado de direito e nossa democracia são mais fortes do que o fanatismo e a violência", declarou ele em uma conferência de imprensa.

"Não vamos ceder à intolerância, jamais", acrescentou.Todos os partidos políticos suspenderam suas atividades de campanha a dois dias das eleições locais que vão determinar a composição do futuro Senado.

Segundo o diretor da agência nacional para a segurança e o contra-terrorismo (NCTV), Pieter-Jaap Aalbersberg, o ataque aconteceu "em vários locais", sem fornecer outros detalhes.

"Não podemos excluir a motivação terrorista. Uma equipe de crise foi estabelecida", declarou no Twitter. "Uma operação da polícia está em curso para prender o atirador", acrescentou. Dezenas de policiais armados cercaram um prédio a algumas centenas de metros do local do tiroteio, constatou um jornalista da AFP.

A polícia também indicou que um carro Renault Clio aparentemente roubado de seu motorista no momento do ataque foi encontrado abandonado. A Holanda tem estado relativamente protegida da onda de ataques que atingiu seus vizinhos nos últimos anos, apesar de várias ameaças recentes.

Em agosto, um residente afegão de 19 anos de idade na Alemanha esfaqueou e feriu dois turistas americanos na Estação Central de Amsterdã antes de ser baleado pela polícia. Em setembro, as autoridades prenderam sete pessoas e disseram ter frustrado um "grande atentado" na Holanda.

Naquela ocasião, eles apreenderam uma grande quantidade de material para fazer bombas. Os homens foram presos nas cidades de Arnhem e Weert. Em junho, duas pessoas foram presas quando supostamente estavam para cometer ataques contra uma ponte icônica na Holanda e na França, segundo fontes judiciais.

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