Agência Estado
postado em 18/03/2019 17:09
A polícia da Holanda prendeu na tarde desta segunda-feira, 18, um homem de origem turca suspeito de envolvimento no ataque a tiros em Utrecht , que deixou três mortos e nove feridos. O suspeito foi identificado pela polícia como Gokmen Tanis, de 37 anos. O ataque aconteceu por volta das 10h45 do horário local (06h45 de Brasília) na linha de uma estação de bonde dos arredores da cidade. Autoridades acreditam que haja motivações terroristas.
"O principal suspeito foi detido", disse a cidade de Utrecht em seu perfil oficial no Twitter. O pai do suspeito disse que quer que seu filho seja punido se realmente for o autor do ataque, informou a agência de notícias turca DHA. Não está claro se o suspeito agiu sozinho.
"Se foi ele, deve ser punido", disse à DHA Mehmet Tanis, pai de Gokmen Tanis. "Não existe diálogo, não tenho contato com meu filho há 11 anos. Não nos falamos desde 2008. Ele não tinha uma atitude agressiva, mas faz 11 anos desde então. O que aconteceu, o que ele viveu? Eu não sei."
Segundo a imprensa turca, a família de Gokmen Tanis é de Yozgat, no centro da Turquia. Mehmet Tanis disse à DHA que ele retornou à Turquia em 2008 depois de se divorciar de sua esposa, que ficou com seu filho Gokmen na Holanda, para onde haviam emigrado juntos. Ele se casou novamente e agora mora na província de Kayseri, no centro da Turquia.
Mais cedo, um cordão de isolamento foi montado na Praça 24 de Outubro, onde fica a estação de um VLT (veículo leve sobre trilhos) onde ocorreu o ataque. Serviços de emergência e helicópteros foram ao local, incluindo membros da unidade antiterror.
Uma testemunha relatou à NOS News ter visto uma mulher sair do VLT correndo, com sangue nas mãos e nas roupas antes de cair no chão. "Eu a levei para o meu carro e a ajudei. Quando a polícia chegou, ela estava inconsciente", disse.
Durante o ataque, as autoridades locais recomendaram que as escolas de Utrecht mantenham as portas fechadas, e elevaram o nível de ameaça terrorista ao mais alto para a região. A polícia holandesa está em "alerta máximo" para aeroportos e "prédios importantes" do país, e afirmou que ao menos uma pessoa pode ter fugido em um carro.
Mais cedo, um cordão de isolamento foi montado na Praça 24 de Outubro, onde fica a estação de um VLT (veículo leve sobre trilhos) onde ocorreu o ataque. Serviços de emergência e helicópteros foram ao local, incluindo membros da unidade antiterror.
Uma testemunha relatou à NOS News ter visto uma mulher sair do VLT correndo, com sangue nas mãos e nas roupas antes de cair no chão. "Eu a levei para o meu carro e a ajudei. Quando a polícia chegou, ela estava inconsciente", disse.
Durante o ataque, as autoridades locais recomendaram que as escolas de Utrecht mantenham as portas fechadas, e elevaram o nível de ameaça terrorista ao mais alto para a região. A polícia holandesa está em "alerta máximo" para aeroportos e "prédios importantes" do país, e afirmou que ao menos uma pessoa pode ter fugido em um carro.
A segurança também foi reforçada nas mesquitas da cidade. Na sexta-feira 15, um australiano de 28 anos matou 50 pessoas em duas mesquitas na cidade de Christchurch, na Nova Zelândia, e transmitiu as ações ao vivo no Facebook. Antes dos atentados, ele escreveu um manifesto citando vários autores de ataques racistas ou de extrema direita.
O premiê da Holanda, Mark Rutte, informou que um gabinete de crise foi montado para lidar com o caso. Ele expressou "profunda preocupação" em relação ao ataque. "Um ato de terrorismo é um ataque à nossa civilização, à nossa sociedade tolerante e aberta. Nosso estado de direito e nossa democracia são mais fortes do que o fanatismo e a violência", disse Rutte a jornalistas. "Não vamos ceder à intolerância jamais." (Com agências)