Vergara confirmou a informação e disse que Marrero foi preso pelo serviço de inteligência do país. Os agentes estavam munidos de dois rifles e uma granada durante a ação e chegaram às residências em dez veículos. Ele também afirmou que mais de 40 funcionários do Sebin entraram nas casas e ficaram no local por mais de três horas. Segundo os opositores, os policiais derrubaram portas para entrar nas casas.
"Infelizmente chegaram a mim. Sigam lutando. Não parem. Cuidem do presidente", disse Marrero em uma gravação telefônica antes de ser detido. Vergara denunciou ante a comunidade internacional que o regime chavista violou sua imunidade parlamentar.
Ajuda da ONU
Vergara pediu a Michelle Bachelet, alta comissária da ONU para os Direitos Humanos, que exija a libertação de Marrero, "sequestrado pelo Sebin", segundo ele.
Em nome do governo da Colômbia, o chanceler Carlos Holmes Trujillo criticou a ação contra os opositores e pediu à comunidade internacional que exija respeito à liberdade, à vida e à integridade dos opositores venezuelanos.
Marrero e Vergara acompanharam Guaidó na viagem que o líder opositor fez pela América Latina para obter apoio em seus esforços para tirar o presidente Nicolás Maduro do poder.
EUA pede soltura imediata
Governo dos Estados Unidos exigiu nesta quinta-feira, 21, que a Venezuela liberte imediatamente o chefe de gabinete de Juan Guaidó e prometeu agir contra os responsáveis pela operação.
"Estados Unidos condena as operações feitas pelos serviços de segurança de Maduro e a detenção de Roberto Marrero, chefe de gabinete do presidente interino Guaidó", escreveu o secretário de Estado, Mike Pompeo, no Twitter.
"Pedimos sua libertação imediata. Exigiremos responsabilidades aos envolvidos na detenção", completou.
Agentes de inteligência detiveram Marrero na madrugada de quinta-feira, após operações contra sua residência e a casa do deputado opositor Sergio Vergara, que mora ao lado do chefe de gabinete de Guaidó, no bairro de Las Mercedes (Caracas), denunciou o também presidente do Parlamento.
Washington fez diversas advertências ao presidente venezuelano Nicolás Maduro sobre consequências na eventualidade da detenção de Guaidó ou pessoas de seu entorno.