Agência Estado
postado em 24/03/2019 18:06
O procurador-geral dos Estados Unidos, William Barr, informou lideranças do Congresso americano que, entre as principais conclusões do relatório de Robert Mueller, conselheiro especial do Departamento de Justiça (DoJ, na sigla em inglês), o presidente americano, Donald Trump, nem seus assessores da campanha à Casa Branca de 2016 conspiraram ou realizaram coordenação com autoridades russas para interferir naquelas eleições presidenciais.
As conclusões também destacam que não há evidências suficientes para apontar que Trump obstruiu justiça de forma ilegal, mas ressaltou que não pode isentá-lo de tal prática. "Enquanto este relatório não conclui que o presidente cometeu um crime, também não o isenta."
Pouco após a divulgação da carta de Barr, Trump se manifestou a repórteres. "Não houve conluio com os russos e nem obstrução de justiça", disse ao embarcar em West Palm Beach, Flórida, rumo a Washington.
Em rápidos comentários, o presidente aproveitou para fazer novas críticas à investigação de Mueller. Trump afirmou que a apuração foi "ilegal" e "vergonhosa para o nosso país", além de ter ressaltado que "várias coisas ruins e negativas" aconteceram nos EUA por causa da investigação sobre a interferência do Kremlin na eleição.
A porta-voz da Casa Branca, Sarah Huckabee Sanders, também fez comentários sobre a divulgação do documento de Barr. De acordo com ela, o conselho especial comandado por Mueller não encontrou nenhum conluio nem obstrução de justiça cometida por Trump. "O procurador-geral Barr e o vice-procurador-geral Rod Rosenstein determinaram que não houve obstrução. A investigação do Departamento de Justiça aponta para uma total e completa isenção de culpa do presidente dos EUA", escreveu Sanders em seu perfil no Twitter.