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Luís Fernando Serra confirma convocação para ser embaixador do Brasil na França

Há cerca de dez dias, Bolsonaro afirmou que vai trocar os embaixadores de 15 países em que o Brasil tem representação

O embaixador Luís Fernando Serra confirmou ter sido convidado para assumir a embaixada do Brasil na França. Ele se reuniu nesta segunda-feira, 25, no Palácio do Planalto, com o presidente da República, Jair Bolsonaro, e o ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni.


"Nós concordamos em tudo, desde que nos conhecemos em Seul, quando eu era embaixador lá", disse o embaixador, a respeito da conversa com Bolsonaro.

O embaixador disse que Bolsonaro não fez nenhum pedido ou recomendação.

Ele aproveitou para destacar que foi a primeira vez que foi recebido por um presidente da República desde que entrou no Itamaraty, em 1972.

Sua indicação já foi enviada à França, disse ele. "O agrément foi pedido na semana passada ao governo francês, que vai analisar o meu currículo e a oportunidade de me ter como embaixador do Brasil na França", afirmou.

Depois disso, seu nome será submetido à sabatina na Comissão de Relações Exteriores do Senado e, em seguida, ao Plenário da Casa. "Essas são as etapas constitucionais e regimentais, e todo embaixador se submete a elas", disse.

Serra foi embaixador do Brasil na Coreia do Sul e já atuou nas embaixadas de Gana, Burkina Faso, Cingapura, Chile, Vaticano, Tunísia, Rússia, França e Alemanha.

Ele integra os quadros do Itamaraty desde 1972. Como embaixador, ele disse que sua prioridade será a atração de investimentos franceses no Brasil.

"E a França, é bom que se diga, investiu tanto no Brasil quanto na China. E é difícil ver outro país europeu que tenha feito igual", disse ele. "A França criou aqui 1,5 milhão de empregos e nós queremos que a França crie mais, para ver se reduzimos essa taxa de desocupação e desemprego que existe aqui. Enfim, a França pode colaborar nisso, e muito, como já tem feito."

Há cerca de dez dias, Bolsonaro afirmou que vai trocar os embaixadores de 15 países em que o Brasil tem representação - entre eles Estados Unidos e França.

O presidente disse estar insatisfeito com a imagem que tem sido propagada sobre si no exterior, que inclui os termos ditador, racista e xenófobo.